sexta-feira, 15 de abril de 2011

15 de abril de 1912 - A viagem sem fim doTitanic

"Titanic, cidade flutuante
que se submerge.
O perigo estava
sob o mistério negro
da névoa:
o iceberg.
Netuno,
tomado de
féro ciúme,
abalroa
um colosso
contra
outro colosso".
Jornal do Brasil

Na madrugada fria de uma segunda-feira, o Titanic, maior e mais luxuoso transatlântico até então construído, naufragou nas águas geladas do Atlântico Norte, na sua viagem inaugural iniciada cinco dias antes, quando partira do Porto inglês de Southampton.

O drama dos 2.208 passageiros começou instantes antes da meia-noite, quando o navio colidiu com um gigantesco iceberg. Após receber o pedido de socorro expedido pelo imponente Titanic, o navio Carpanthia, único a chegar a tempo de prestar socorro às vítimas, resgatou pouco mais de 700 pessoas com vida. Os demais passageiros e tripulantes, ou morreram durante a tentativa de abandonar o navio, ou foram sugados juntamente com o mesmo, engolido pelo mar, após formar um ângulo de 90º com a superfície da água e partir-se ao meio.

Peritos em acidentes marítimos apontaram falha humana e responsabilizaram o capitão Smith pelo desastre. Ambicionando encurtar o trajeto e quebrar o recorde de tempo da travessia do Atlântico Norte, o comandante fez o barco navegar em velocidade acima da recomendada numa região repleta de icebergs. A chegada do navio em Nova York estava prevista para o dia seguinte ao da catástrofe. A tragédia ocupou as páginas dos jornais de todo o mundo. Circularam as mais fantasiosas versões dos acontecimentos, uma vez que a apuração dos fatos ficou restrita aos relatos dos sobreviventes. Somente a partir dos anos 80, após uma primeira equipe mergulhar até os destroços do Titanic, foi possível apurar detalhes técnicos do naufrágio.

As lições da sinistra experiência
Titanic. Reprodução/CPDoc JB
Durante a lenta agonia, o desespero dos passageiros foi agravado ao se constatar que o mais ousado projeto da engenharia naval da época menosprezara as questões de segurança: não havia equipamentos salva-vidas nem botes suficientes para todos a bordo.


A partir desta tragédia, e para evitar a retração na indústria do transporte marítimo as normas de segurança foram reforçadas com a obrigatoriedade de os navios manterem os sistemas de comunicação funcionamento contínuo, e comportarem equipamentos de resgate suficientes para todos os passageiros e tripulantes.

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