sábado, 31 de janeiro de 2009

Transposição das águas do Rio São Francisco


Carta de Ciro Gomes para Letícia Sabatella

"Letícia, ando meio quieto por estes tempos, mas, ao ver você visitando o bispo em greve de fome no interior da Bahia, pensei que você deveria considerar algumas informações e reflexões. Poderia começar lhe falando de República, democracia, personalismo, messianismo…Mas, sendo você a pessoa especial que é, desnecessário. O projeto de integração de bacias do Rio São Francisco aos rios secos do Nordeste setentrional atingiu, depois de muitos debates e alguns aperfeiçoamentos, uma forma em que é possível afirmar que, ao beneficiar 12 milhões de pessoas da região mais pobre do país, não prejudicará rigorosamente nenhuma pessoa, qualquer que seja o ponto de vista que se queira considerar.Séria e bem intencionada como você é, Letícia, além de grande artista, peço-lhe paciência para ler os seguintes números: o Rio São Francisco tem uma vazão média de 3.850 metros cúbicos por SEGUNDO (!) e sua vazão mínima é de 1.850 metros cúbicos por SEGUNDO (!). Isto mesmo, a cada segundo de relógio, o Rio despeja no mar este imenso volume de água.O projeto de integração de bacia, equivocadamente chamado de transposição, pretende retirar do Rio no máximo 63 metros cúbicos por segundo.Na verdade, só se retirará este volume se o rio estiver botando uma cheia, o que acontece numa média de cada cinco anos. Este pequeno volume é suficiente para garantia do abastecimento humano de 12 milhões de pessoas.O rio tem sido agredido há 500 anos.Só agora começou o programa de sua revitalização, e é o único rio brasileiro com um programa como este graças ao pacto político necessário para viabilizar o projeto de integração. No semi arido do Nordeste setentrional, onde fui criado, a disponibilidade segura de água hoje é de apenas cerca de 550 metros cúbicos por pessoa, por ANO (!). E a sustentabilidade da vida humana pelos padrões da ONU é de que cada ser humano precisa de, no mínimo, 1.500 metros cúbicos de água por ano. Nosso povo lá, portanto, dispõe de apenas um terço da quantidade de água mínima necessária para sobreviver.
Não por acaso, creia, Letícia, é nesta região o endereço de origem de milhões de familias partidas pela migração.
Converse com os garçons, serventes de pedreiros ou com a maioria dos favelados do Rio e de São Paulo. Eles lhe darão testemunhos muito mais comoventes que o meu.
Tudo que estou lhe dizendo foi apurado em 4 anos de debates populares e discussões técnicas. Só na CNBB fui duas vezes debater o projeto. Apesar de convidado especialmente, o bispo Cappio não foi. Noutro debate por ele solicitado, depois da primeira greve de fome, no palácio do Planalto, ele também não foi. E, numa audiência com o presidente Lula, ele foi, mas disse ao presidente, depois de eu ter apresentado o projeto por mais de uma hora (ele calado o tempo inteiro), que não estava interessado em discutir o projeto, mas “um plano completo para o semiárido”.
As coisas em relação a este assunto estão assim: muitos milhões de pessoas no semiarido (vá lá ver agora o auge da estiagem) desejam ardorosamente este projeto,esperam por ele há séculos. Alguns poucos milhões concentrados nos estados ribeirinhos ao Rio não o querem. A maioria de muitos milhões de brasileiros fora da região está entre a perplexidade e a desinformação pura e simples. Como se deve proceder numa democracia republicana num caso como este? O conflito de interesses é inerente a uma sociedade tão brutalmente desigual quanto a nossa. Só o amor aos ritos democráticos, a compaixão genuína para entender e respeitar as demandas de todos e procurar equacioná-las com inteligência, respeito, tolerância, diálogo e respeito às instituições coletivas nos salvarão da selvageria que já é grande demais entre nós.
Por mais nobres que sejam seus motivos — e são, no mínimo, equivocados —, o bispo Cappio não tem direito de fazer a Nação de refém de sua ameaça de suicídio. Qualquer vida é preciosa demais para ser usada como termo autoritário, personalista e messiânico de constrangimento à República e a suas legítimas instituições.
Proponho a você, se posso, Letícia: vá ao bispo Cappio, rogue a ele que suspenda seu ato unilateral e que venha, ou mande aquele que lhe aconselha no assunto, fazer um debate num local público do Rio ou de São Paulo.
Imagine se um bispo a favor do projeto resolver entrar em greve de fome exigindo a pronta realização do projeto.
Quem nós escolheríamos para morrer? Isto evidencia a necessidade urgente deste debate fraterno e respeitoso.
Manda um abraço para os extraordinários e queridos Osmar Prado e Wagner Moura e, por favor, partilhe com eles esta cartinha. Patrícia tem meus telefones.”Um beijo fraterno do Ciro Gomes”
fonte: o globo.

RESPOSTA DE LETÍCIA SABATELLA

Caro deputado Ciro Gomes, Antes de visitar frei Luiz Cappio em Sobradinho, tinha conhecimento desse projeto da transposição de águas do Rio São Francisco, através da imprensa, e de duas conferências sobre o meio ambiente, das quais participei a convite de minha querida amiga, a ministra Marina Silva. Há alguns anos, quieta também, venho escutando pontos de vista diversos de ambientalistas, dos movimentos sociais, de nossa ministra do Meio Ambiente e refletindo junto com o Movimento Humanos Direitos (MHuD), do qual faço parte.
Acompanho a luta de povos indígenas e ribeirinhos, sempre tão ameaçados por projetos de grande porte, que visam a destinar grande poder para um pequeno grupo em troca de tanto prejuízo para esses povos, ao nosso patrimônio social, ambiental e cultural.Acredito que devam existir benefícios com a transposição, mas pergunto, deputado, quem realmente se beneficiará com esta obra: o povo necessitado do semiaacute;rido ou as grandes irrigações agrícolas e indústrias siderúrgicas? Afinal, a maior parte da água (bem comum do povo brasileiro) servirá para a produção agrícola e industrial de exportação e apenas 4% dessa água serão destinados ao consumo humano.
Sabendo do desgaste que historicamente vem sofrendo o rio, necessitado de efetiva revitalização, sabendo do custo elevado de uma obra que atravessará alguns decênios até ser concluída e em se tratando de interferir tão bruscamente no patrimônio ambiental, utilizando recursos públicos, por que razão, em sendo sua excelência deputado federal, este projeto não foi ampla e especificamente discutido e votado no Congresso? Por qual motivo essa obra tão “democrática” foi imposta como a única solução para resolver a questão da seca no semiaacute;rido, quando propostas alternativas, que descentralizam o poder sobre as águas, não foram levadas em consideração? No dia 19 de dezembro de 2007, o que presenciei na Praça dos Três Poderes, em Brasília, foi a insensibilidade do Poder Judiciário, a intransigência do Poder Executivo, e a omissão do Congresso Nacional. Será que não precisamos mesmo falar mais sobre democracia republicana, representativa? Ou melhor, praticar mais? Quanto ao gesto de frei Luiz, sinto que o senhor não age com justiça, quando não reconhece na ação do frei uma profunda nobreza. Sinto muito que o senhor ainda insista em desqualificálo. Por tê-lo conhecido e com ele conversado, participado de sua missa na Capela de São Francisco junto aos pobres, pude testemunhar sua alma amorosa e plena de compaixão humana, pastor de uma Igreja que mobiliza e não anestesia, que ajuda a conscientizar e formar cidadãos. Ele vive há mais de trinta anos entre ribeirinhos, indígenas, trabalhadores rurais, quilombolas e é por eles querido e respeitado.
Conhece profundamente as alternativas propostas pelos movimentos sociais, compostos por técnicos e estudiosos que há muitos anos pesquisam o semiaacute;rido. Uma dessas alternativas foi proposta pela Agência Nacional de Águas, com o Atlas do Nordeste, que foi objeto de seu debate com Roberto Malvezzi, da Comissão Pastoral da Terra, cuja honestidade intelectual o senhor publicamente enalteceu em seminário realizado na UFF. Ele mostrou que o projeto da ANA custaria R$ 3,3 bilhões, metade do custo da transposição, beneficiando com água potável 34 milhões de pessoas, abarcando nove estados: então, por que o governo não levou em consideração esta opção mais barata e mais abrangente? Infelizmente, caro deputado, Dom Cappio não exagerou quando decidiu fazer seu jejum e fortalecer suas orações para chamar a atenção de todos à realidade do povo nordestino. O governo do presidente Lula optou por um modelo de desenvolvimento neocolonial que, dando continuidade à tradição de realizar grandes obras para marcar seus mandatos, sacrifica o povo com o custo de seus empreendimentos, enquanto o que esperávamos deste governo era a prática de uma verdadeira democracia.
Rio de Janeiro, 20 de dezembro de 2007
Letícia Sabatella

Passagem da nossa história que merece ser registrado. Só o tempo irá dizer quem está certo.
Vamos aguardar.
Eliane

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Outra Realidade

"Um bando de gansos derrubou um avião nos EUA e o piloto heróico pousou a nave no Rio Hudson, salvando todos. No entanto, cinco dias depois, a empresa US Airways mandava para a casa de cada um dos sobreviventes um cheque de 5 mil dólares (12 mil reais), só pelo susto, embora não tivesse culpa por gansos voando nos céus. Já, aqui, os familiares dos mortos nos acidentes da Gol e da TAM continuam, até hoje, lutando por indenizações... "
Alex Ferraz - Tribuna da Bahia/Coluna em Tempo

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Feriados



Feriados 2009 - Brasil

01/01/09 quinta-feira Confraternização Universal

23/02/09 segunda-feira Carnaval

24/02/09 terça-feira Carnaval

10/04/09 sexta-feira Paixão de Cristo

21/04/09 terça-feira Tiradentes

01/05/09 sexta-feira Dia do Trabalho

11/06/09 quinta-feira Corpus Christi0

7/09/09 segunda-feira Independência do Brasil

12/10/09 segunda-feira Nossa Sra. Aparecida -Padroeira do Brasil

02/11/09 segunda-feira Finados

15/11/09 domingo Proclamação da República

20/11/09 sexta-feira Zumbi/Consciência Negra

25/12/09 sexta-feira NatalPois é, serão

8 Feriados na Seg/Sex
4 feriados nas terças e quintas

Total: 12 Feriados (em dia útil)

Com as emendas de feriados, são mais 4, ou seja, 16 ao todo.

Temos ainda 57 finais de semana, então são mais 114 dias (sábado e domingo).

E se você tem direito a 1 mes de férias, então são mais 30 dias.

Serão 205 dias de trabalho.

O restante vamos aproveitar para fazer Turismo, nem que seja em lugares próximos, ou conhecer os atrativos turísticos da nossa cidade que muitas vezes são desconhecidos.

APROVEITEM os 160 dias livres.

domingo, 25 de janeiro de 2009

Jorge Amado por João Ubaldo


"Talvez pareça presunçoso eu querer falar no universo que foi e é Jorge Amado através de meu ponto de vista. Mas para falar na persona literária, política e social dele, haverá quem fale melhor do que eu. De especial no que tenho a dizer existe somente a amizade e o amor fraterno que nos uniu durante uns 40 anos e é disso que posso falar. Posso testemunhar sobre a grandeza e a generosidade de seu gênio. Pois o chamo de gênio, no sentido que esta palavra tinha antigamente, antes de enfraquecer-se pelo uso descomedido.
Quem mais, senão um gênio, teria criado toda uma nação, teria dado forma, expressão e identidade a uma terra e uma cultura como a Bahia, assim legando aos baianos e aos brasileiros em geral, pois a Bahia pertence a todos os brasileiros, um patrimônio inestimável? A Bahia não pode ser compreendida — e, por via de conseqüência, o Brasil não pode ser inteiramente compreendido — sem Jorge Amado e Dorival Caymmi, esse outro gênio de quem só podemos também ter orgulho. Dois fortíssimos pilares da cultura nacional residem na obra deles e, agora que eles já abriram caminho, tudo parece fácil e até óbvio. É como na história de um ignorante que foi assistir a uma apresentação de “Hamlet” e depois comentou, decepcionado, que não passava de um apanhado de lugares-comuns: ser ou não ser, eis a questão; o resto é silêncio; há algo de podre no Reino da Dinamarca; há mais coisas entre o céu e a terra do que supõe sua filosofia; e assim por diante. A Bahia desabrochou sob as mãos de artesãos amorosos e de insuperável sensibilidade, como Jorge e Caymmi. Pela primeira vez os negros, os pobres, os humildes, os marginalizados foram trazidos maciçamente, através de uma singularíssima empatia e uma riqueza narrativa incomparável, para o proscênio das nossas artes — e nunca mais a cultura nacional foi a mesma.Nós aprendemos a nos menosprezar e vivemos treinando isso o tempo todo. Há quem não veja, quem não consiga quase glandularmente não ver, que Jorge Amado não foi um dos mais importantes escritores do Brasil, mas um dos maiores autores do século, sob todos os títulos, a começar pelo fato de que, para o mundo culto e, de certa forma, para o grande público de muitos países, praticamente encarnava o Brasil e bem poucos escritores podem aspirar a esse tipo de galardão. Ele, com altivez e dignidade, nos representava, era como um símbolo da afirmação nacional, era o nosso escritor.Mas isso tudo é e será visto, pois o patrimônio que Jorge nos deixou é perene e indelével, entrou na nossa alma, e a perspectiva histórica ainda lhe dará o relevo que efetivamente merece e que alguns ainda lhe negam, estreitando e tentando apequenar a estatura indestrutível de sua obra e sua vida, cujos ideais o levaram a quatro prisões, ao exílio e à incompreensão. Sempre disse que seu personagem era o povo e por isso, com mal-disfarçado desdém, há quem o chame de populista. Mas vá lá que fosse, ele mesmo não dava nenhuma pelota para isso, até gostava. Eu estava na Bahia para sua despedida e vi o povo nas ruas, aplaudindo seu escritor com emoção. Muitos entre eles nem lêem, mas todos sabem que perderam algo de muito importante, que felizmente viverá sempre na obra que aí está.Acabei me alongando mais do que queria, em seara que outros explorarão muito melhor do que eu. Queria mesmo falar sobre aquilo em que tenho autoridade: nossa amizade. Cacá Diegues disse à imprensa que nós todos somos produto do que ele inventou, queremos ser o projeto que sua obra representa para o Brasil. No avião em que voltávamos da Bahia, Caetano Veloso me disse a mesma coisa. Heródoto escreveu que o Egito é um dom do Nilo e nós somos um dom de Jorge. De minha parte, eu sei bem. Foi ele quem primeiro acreditou em mim, desde os meus 17 anos, foi ele que, me vendo registrar-me num hotel, olhou o item onde eu declarava timidamente que minha profissão era jornalista, pegou a ficha, rasgou-a e disse:— Jornalista é muito bom, mas não é o que você é. Bote aí “escritor”, você é escritor.Foi ele que me acompanhou durante todo esse tempo, enchendo minha bola onde quer que chegasse ou a que veículo de imprensa falasse. Foi ele quem me chamou a atenção, sempre carinhosamente, para meus erros, minhas decisões mal pensadas, até para meu descuido com a saúde. A sabedoria e o bem-querer com que sempre me orientou não me deixarão nunca, sou um privilegiado maiúsculo, com essa convivência acima de tudo enriquecedora e enobrecedora. Não posso avaliar tudo o que devo a Jorge, direta e indiretamente. Só sei que tenho saudades dele e das muitas horas que passamos juntos e sei que vou atravessar o resto da vida com estas saudades."
Texto publicado no jornal "O Globo", de 12/08/2001, onde João Ubaldo escreve aos domingos.

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Novos Tempos?


"Obama tem direito, sim, a ser um novo e incompetente Bush ou um novo e golpista Nixon. Sim, ele pode! Obama, ao contrário do que pensam alguns coleguinhas, pode ser, sim, um Collor americano, corrupto e devasso, pois já estão pesquisando as falcatruas de seus aliados em Illinois. Sim, ele pode! Obama pode ser mais paranóico que Truman e Reagan juntos e sair matando islamitas mundo afora. Sim, ele pode! E poderá ser o maior e mais justo líder da História. Sim, ele pode!
Obama é negro, mas é um ser humano. Será ótimo se for um presidente justo, honesto, pacifista, conciliador e competente no enfrentamento da crise econômica mundial que Bush criou e alimentou. Mas, se ele não conseguir, é apenas porque é um homem, como você e eu, leitor. Exigir de um ser humano que seja mais que humano só porque é negro, é racismo. Ra-cis-mo! Nós, negros, somos gente como Luther King ou Hitler. Nossos amigos nos amam, mas nossos inimigos, não. Tem dia que somos ótimos, mas tem dia que não. E daí?
Assistam
Só uma dica: quem quiser sentir como um ser humano pode ser um joguete no meio dos preconceitos, deve assistir “Gentleman’s Agreement”, com título em português “A Luz é para Todos”, filme feito em 1947, nos EUA, dirigido por Elia Kazan e estrelado por Gregory Peck e Celest Holm. Ganhou três Oscar. E está sendo exibido no canal Telecine Brasil, na Sky.
Bem, independentemente do que Obama faça ou deixe de fazer, uma coisa é certa: fosse Bush negro, mulato ou amarelo, o que ele fez e deixou de fazer é suficiente para caracterizá-lo como o presidente mais execrado dos Estados Unidos. E execrado pelos próprios americanos, em primeiro lugar. Basta dizer que George W.Bush assumiu o governo com os EUA nadando num superávit de US$ 2 trilhões e, agora, oito anos depois, deixa o país com um déficit de US$ 2,5 trilhões
O pior é que grande parte desse déficit tem a ver com as guerras trilionárias, melhor dizendo, as invasões do Afeganistão e do Iraque, para não falar no estouro da bolha imobiliária, embrião da atual crise financeira mundial.

.Mas não foi só isso. O governo de Bush caracterizou-se de forma infame pela exaltação da religiosidade em detrimento da cientificidade, inclusive no ensino nas escolas, nas quais, em alguns estados, a teoria de Darwin chegou a ser proibida, substituída por “Adão e Eva” da Bíblia.
Fuga de cérebros
Essa ridícula posição do governo Bush causou aos EUA um prejuízo talvez muito maior do que o que pode ser mensurado em dólares: a fuga de cérebros. Dezenas, quiçá centenas, de cabeças pensantes (existem!) americanas deixaram o país, diante do obscurantismo que se instalou, numa espécie de Idade Média anacrônica, em pleno século XXI
Bush teve ainda o “mérito” de jogar o social no estrume.Negligenciou – ainda mais – o já pífio sistema de atendimento médico público americano (neste ponto, creiam, nosso SUS dá de dez a zero) e, de um modo geral, praticou uma política social típica dos que se acham “melhores” por serem brancos e ricos, discriminando de forma escandalosa os negros e pobres. Vide sua atuação ridícula no caso do furacão Katrina, que quase destruiu New Orleans.
Sem liberdade
Pior ainda: Bush, sob a desculpa de “combater o terrorismo”, foi responsável por um dos mais graves períodos de restrição à liberdade de expressão nos Estados Unidos, país que tem uma constituição secular, sucinta, onde a primeira emenda diz que não se admite qualquer restrição à liberdade de... Expressão! "
Alex Ferraz - Tribuna da Bahia - Coluna Em Tempo

domingo, 18 de janeiro de 2009

Alegria, Alegria
















Gerônimo é o Rei Momo do Carnaval 2009
Amei. Merecidamente o autor do Hino de Salvador: É D'Óxum. O melhor Rei Momo de todos os tempos!
Saudades da minha terra!!!





"A coroa do Rei Momo no Carnaval 2009 irá parar na cabeça do cantor e compositor Gerônimo. Escolhido por meio de votação na internet, o artista consagrado por sucessos como "É D'Oxum" e "Eu Sou Negão" desbancou concorrentes como Caetano Veloso, Carlinhos Brown e o pagodeiro Márcio Vitor, da banda Psirico.


Aos 55 anos e com a experiência de quem viu nascer o Axé Music na década de 80, Gerônimo garante que o reinado será bem-vindo na folia do próximo ano. Na primeira semana de janeiro, o Momo será apresentado em cerimônia formal ao prefeito João Henrique (PMDB).
Ainda surpreso com o resultado do pleito, vossa majestade já declarou amor aos súditos. “O Carnaval vai ter o rei que não é bufão. Vai ter um rei artista, um rei que protagonizou a história do Carnaval da Bahia e sempre fez a música negra que acabou sendo cantada também pelos brancos“, diz.
Os compromissos oficiais começam no início da festa, dia 19 de fevereiro, quando as chaves da cidades serão entregues pelo prefeitona Praça da Revolução, em Periperi. O presidente da Emtursa, Misael Tavares, adianta que três trios independentes no Carnaval serão comandados pelo cantor e sua banda."


Fonte: http://www.atarde.com.br/cidades/noticia.jsf?id=1040650

sábado, 17 de janeiro de 2009

Uma ilusão chamada Dubai




"Alienação
Hebe Camargo e outras celebridades brasileiras deram pra fazer compras na “ilha da fantasia” chamada Dubai, um dos sete emirados árabes unidos. O que esta gente finge não saber é que Dubai, como todos os emirados do Golfo Pérsico, é uma ditadura que persegue as mulheres (as cidadãs destes países não têm nenhum direito civil e são vigiadas como prisioneiras), condena os homossexuais à prisão e tratam seus trabalhadores estrangeiros (a maior parte da mão-de-obra é estrangeira) como escravos. O que é que estes brasileiros – alienados, é claro - vão fazer num lugar desse?"
Alex Ferraz - Tribuna da Bahia - Coluna Em Tempo
Nosso Comentário:

Quando se fala em Dubai é tudo respladecente e extravagante. O lugar possui beleza e luxo. Está lá o único hotel 7 estrelas do mundo, está sendo contruído uma ilha artificial em forma de palmeira e também um arquipélago artificial com formato de mapa mundi.
Tudo é inovador e grandioso.
Porém por de trás de todo brilho e de tanto luxo, está a exploração da pobreza e das pessoas.
Quando os trabalhadores chegam em Dubai seu pasaporte é retido, e não é devolvido, assim os empregados ficam sem o direito de ir e vir, trabalham nas construções de 12 a 16 horas, recebem aproximadamente o valor equivalente a R$11,00 por dia, ficam num alojamento de péssimas condições, os galpões abrigam cerca de 560 homens com apenas um banheiro.
Trabalham numa temperatura que pode chegar a 55ºC . Acontecem aproximadamente 2 mortes por dia de trabalhadores, o número de acidentes é enorme, os hospitais estão lotados de operários, como trabalham sem segurança é comum: ensolação, acidentes por desconhecimento de manuseio de equipamaentos.
O que se vê é muita humilhação e escravidão.
É esse lugar que Alex Ferraz falou muito bem dos "alienados" ricos brasileiros estão indo se divertir, e fingem não saber, ou a alienação não permite que saibam que compactuam com a exploração que acontece.
Eliane
Fonte: documentário de uma equipe francesa exibido pela SIC Notícias
Canal Português

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Caminhos e Descaminhos do Turismo

Lugares onde o Turismo de Massa ainda não chegou. Onde ainda se desenvolve a pesca e agricultura de subsistência.



Não concordo quando a atividade turística é chamada de “indústria sem chaminés”.
A poluição do turismo não se dá através de chaminés, ela é silenciosa atinge a alma das pessoas e dos lugares. Desde quando a maioria dos lugares que é desenvolvida a atividade o lucro é que determina a formação da ocupação dos espaços.
Isso quer dizer que as formas de como as pessoas lidam com o seu lugar, com o ambiente em que nasceram de repente percebem-se estranhos, passam a conviver com o novo, com outras culturas e outras formas de vida, a ocupação se dá para fins econômicos com instalações de hotéis e resorts, sobretudo no litoral.
O turismo chega de maneira intensiva, apropia-se da paisagem e da natureza tudo que é possível é transformado em atrativo turístico e em mercadoria, desrespeitando atividades tradicionais como a pesca, agricultura e artesanato.
É um desenvolvimento - quando só visto pelo aspecto econômico - com o tempo empobrece a localidade, lhe tira o que há de melhor: sua identidade..
Cito um exemplo: em um resort litorâneo os donos de barracas de praia da redondeza não podem vender camarão aos hóspedes do resort, caso vendam o resort não permite que seus hóspedes frequentem as barracas, desviam, com preços infinitamente mais baratos, o camarão só pode ser consumido dentro do resort, e não são comprados nas mãos dos pescadores locais, compram de empresas que vendem o camarão já filetado e selecionado.
É um distanciamento das tradições, o espaço agora é habitado pelo capital e pelo lucro. Uma mudança de hábitos.
Inicialmente chegam com o mesmo discurso: a geração de emprego e renda. É uma falácia, os postos de trabalho estratégicos ficam geralmente com pessoas de fora do lugar, os moradores precisam se moldar a nova configuração vigente.
Na maioria das vezes uma desconstrução.
Não estou contra o turismo, nem sendo pessimista e sim realista. É nesse contexto que a maioria dos lugares que desenvolvem a atividade se encontra.
É preciso ouvir os moradores e a comunidade quando a atividade se apropria do lugar. É imperativo a união do poder público, privado, moradores e comunidades, para que aja uma articulação que beneficie a todos.
Pergunto: onde acontece essa articulação?
Geralmente em comunidade que desenvolvem o Turismo Comunitário, onde a comunidade consegue intervir no processo da turistificação. Assim consegue garantir o direito a terra.
O contrário quando o lado mercadológico do turismo é evidenciado acontece à desapropriação de comunidades litorâneas e degradação do meio ambiente.
A diferença do turismo convencional para o comunitário é que determina os caminhos e descaminhos da atividade.
O turismo convencional exerce um forte impacto aonde chega, acaba levando o destino turístico à exuastação. Acontece a desumanização das relações, todas as atividades são programadas e controladas com horário de saída e de chegada, o olhar do turista é guiado apenas pelo lucro.
É preciso alternativas, criar espaço dentro do turismo para uma relação harmoniosa com o lugar que a atividade explora.
O caminho do Turismo é a convivência respeitosa com as pessoas e o lugar que ele é desnvolvido.
Eliane

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Praça Japonesa

O Arquiteto Paisagista Salomão Nogueira - de gravata vermelha - desenvolveu o projeto da Praça Japonesa.

Fortaleza vai ganhar uma Praça Japonesa na Av. Beira Mar. A Prefeitura está de parabéns pela iniciativa. Há muito tempo que os grandes centros urbanos são carentes de espaços de lazer que não sejam privados, como parques, cinemas e shopping center’s, entre outras modalidades.
As Praças espaços usados para encontros, para a convivência social aos poucos estão se esvaziando, as pessoas estão perdendo o hábito do encontro, da conversa, de relacionar-se com o outro e com a cidade.
A Praça Japonesa trás de volta o lazer com qualidade de vida, mais ainda, irá atingir a todas as classes sociais, será um espaço para o povo, num lugar que já existe uma diversidade de pessoas freqüentando, agora irá propiciar uma satisfação pessoal e especial a todos e também aos visitantes e turistas.
“O lazer é um conjunto de ocupações às quais o indivíduo pode entregar-se, de livre vontade, seja para repousar, seja para divertir-se, recrear-se e entreter-se ou, ainda, para desenvolver sua informação ou formação desinteressada, sua participação social voluntária ou sua livre capacidade criadora, após livrar-se ou desembaraçar-se das obrigações profissionais, familiares e sociais”. (DUMAZEDIER, 2000, p.34)

De acordo com o filósofo Dumazedier o lazer acontece quando fazemos algo que não sejam as nossas obrigações cotidianas, quando nos livramos de qualquer compromisso. Apenas quando queremos o bem estar.

Porém o lazer é configurado na atualidade pelo computador, televisão, carro, jogos eletrônicos, são opções que incentivam a individualização e afasta as pessoas do convívio social.

É nesse contexto que chega a Praça Japonesa, Fortaleza além de emoldurar a sua paisagem irá oferecer aos moradores, visitantes e turistas um espaço onde as pessoas serão consumidores da paisagem e da natureza e não de mercadorias, como acontece na maioria das modalidades de lazer existentes.

Parabéns ao Arquiteto Salomão Nogueira.

Eliane Curvello

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Rio de Janeiro e Turismo







Inicialmente falo o obvio: o Rio de Janeiro continua lindo!
Isso é uma realidade. Podem existir balas perdidas, dengue, violência... Mas a sua beleza natural está lá. É um presente aos olhos de quem contempla.
Ser Turismologa num País com tantas belezas naturais, é uma dádiva. Possuímos oferta turística que causa inveja. E pessoas que dão uma “mãozinha” para ajudar nosso turismo.
O Rio de Janeiro precisa agradecer, e consequentemente o Brasil também. Afinal, o Rio passou a ser - e ainda é - o portão de entrada para os muitos turistas que chegam em nosso país.
Primeiramente agradecer a Deus. Todos os dias, pela beleza natural. Deus caprichou com todo esmero na sua criação: "Rio de Janeiro continua lindo e continua sendo..."
Talvez Deus já soubesse das mazelas sociais que viriam aí pensou: esta cidade precisa de muito mais beleza natural - foi mais generoso – deve ter sido para compensar a dor dos que ali iriam nascer morar e conviver com tantas injustiças.
Com certeza, deve ter sido isso! Ou então nós que estamos em outros lugares procuramos justificar tamanha beleza.
Saindo do Divino, vamos agradecer a D. João. O Rio sem D. João não seria o mesmo. Ainda com todos os privilégios da sua paisagem. Não seria o mesmo.
O Rio ganhou com a vinda de D. João: o Jardim Botânico, reurbanização, Biblioteca Nacional, Teatro Real, Imprensa Régia, Museu Nacional e de Belas Artes, Banco do Brasil. Toda estrutura para abrigar a família e a corte Real.
Quem ganhou com isso?
O Rio de Janeiro claro!
Somado a tudo isso foi a Capital Federal até 21 de abril de 1961.
Muitos privilégios em um só lugar!
Mas, ainda teve o Presidente Getúlio Vargas, que contribuiu muito para a consolidação do Rio de Janeiro como o estado de maior visibilidade do país.
Getúlio precisava do apoio da Igreja Católica para aproximá-lo ainda mais do povo. Desejava criar uma imagem de pai do Brasil. E aí... inaugurou o Cristo Redentor.
Isso mesmo minha gente! O Cristo Redentor foi criado nesse contexto, para aumentar a popularidade de Getúlio. Getúlio e Igreja Católica uma união imbatível!
Jogada de mestre!
E assim cria o maior símbolo de “proteção” aos brasileiros e principalmente dele próprio.
Os braços abertos do Cristo se estendem não só ao Rio de Janeiro e torna-se o cartão postal “oficial” do Brasil. Ele abraça todo o Brasil, mais ainda, representa o manto protetor de Getúlio.
Assim o Cristo Redentor e o Rio de Janeiro é divulgado nacional e internacionalmente.
Percebe-se que nosso turismo sempre foi manipulado. Criado de acordo com interesses maiores. E assim continua... criando simbologias e lugares.
E o nosso Rio de Janeiro" continua lindo e continua sendo!
Rio de Janeiro, Fevereiro e Março... alô, alô realengo....aquele abraço"!

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

D. Canô e Cleo







Recebi uma sugestão de uma amiga: indicar o livro sobre as receitas de D. Canô.

Um pedido que é um prazer atender, mais que isso, pedir desculpas por ainda não ter colocado nada sobre o livro no blog.

Antes de falar do livro, quero falar da minha amiga, o nome dela é: Cleo.


Cleo é aquela amiga que todo mundo quer ter, clássica, elegante; aquela que sempre está bem, como se acabasse de sair do banho, leve, fresca, perfumada.

Mas todas essas qualidades estão também dentro dela. Ela transpira e irradia isso tudo. Aquela que tem uma sabedoria interior como uma fadinha das histórias de criança, aquela que fala suavemente sobre qualquer assunto.

Assim é Cleo, minha amiga que disse que sentia falta no blog do livro de D. Canô. Quem mais poderia ter uma sensibilidade dessa? Cleo claro!

Lembrar de D. Canô, é lembrar de família, de carinho, de aconchego, de sabedoria, de uma pessoa que sintetiza o verdadeiro valor de uma mãe: o amor incondicional.


O Livro "O sal é um Dom - Receitas de Mãe Canô", foi escrito por sua filha Mabel, traz receitas da Bahia, do Recôncavo. Vale a pena ler e mais ainda ter, tem receitas matavilhosas.

Como Bethânia disse: é o sal e o açúcar no ponto, assim é o livro e assim é Cleo.


Eliane

Itaparica


Aquele mar azul, aquele mar com cheiro de mar... Com barquinhos e pescadores... quase sem ondas...
A travessia acontece calma, a única coisa a fazer é contemplar...
Quando chegamos, o carro segue numa estrada e ainda continua o cheiro mar...
O lugar continua igual, as ruas, o mesmo calçamento...
O mar novamente...ahhhhhhhhhhhhhh o mar desse lugar...
As lanchas e escunas descansam majestosamente, respeitando o mar...
Andamos por ali sem pressa, sem questionamentos, sem nenhuma intenção de chegar a lugar algum...
Nunca vi mar mais bonito do que esse, desde a minha infância...
O mar que não assistiu a minha caminhada longe dele, mas ele está lá, toda vez que volto, está lá...
As suas águas são um registro de pessoas, de sonhos e vidas que por ali passam e ficam...
Ficar ali é simplesmente tudo que representa a paz...
E a cidade continua linda, num silêncio que é cúmplice da beleza, como se tivessem combinado...
O silêncio diz a paisagem: você continua bela que eu lhe protejo... daqueles sons terríveis que tem do lado de lá, aqueles barulhos que não falam nada...
Aqui eles não chegam...
Aqui só chegam aquelas pessoas que trazem alegrias, saudades, memórias, pessoas que vão lhe deixar mais bela...
E o mar as recebe de braços abertos...
Ele está lá...
Eu vou embora e ele fica...
Quando voltar ele vai estar lá, com sua cor inigualável e com o cheiro do mar que é o cheiro das nossas lembranças que vem do coração.
Eliane

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

História Carnaval de Salvador











“Nessa terra a dor é grande
A ambição pequena
Carnaval e futebol
Quem não finge
Quem não mente
Quem mais goza e pena
É que serve de farol...” Caetano Veloso


Ao lado do Futefol o Carnaval é umas das maiores manifestações da cultura popular em nosso País. O carnaval se originou na Grécia aproximadamente uns 600 anos a.C., a festa era realizada para agradecimento aos deuses pela fertilidade e a produção do solo.
Inicialmente era condenado pela Igreja Católica, depois foi adotado, porém em 1545 no Concílio de Trento foi condenado novamente e passou a ser uma festa popular e profana.
Chegou ao Brasil no século XVII por influência portuguesa e era chamado de Entrudo, inicialmente o evento tinha características de divertimento e violência, atirava-se nas pessoas farinha, ovos; com o passar do tempo surgiram as bolas de cera finas com o interior cheio de água de cheiro. Porém, algumas pessoas usaram isso negativamente e colocavam líquidos fétidos dentro das bolas, essa modalidade de carnaval violento foi o que chegou primeiro ao Brasil.
Com o passar do tempo o festejo foi se organizando e assim surgiram os Carnavais de Salão e o de Rua, inicialmente era com o propósito de separar os brancos que ficavamnos salões e os negros e pobres nas ruas. Aos poucos os salões foram ganhando as ruas com os desfiles dos carros alegóricos.
Em 1951, Dodô e Osmar resolveram restaurar um Ford 1929 e colocou nas ruas de Salvador com o som ampliado por alto-falantes com os inventores tocando seus “paus-elétricos”, a primeira aparição nas ruas já foi um secesso, conseguiu arrastar várias pessoas. Foi o início da tranformação, os trios elétricos fizeram as classes mais abastadas irem para as ruas o que culminou no esvaziamento das festas em locais particulares.
Na década de 70 faziam sucesso o grupo “Novos Baianos”, formado por Pepeu Gomes, Baby Consuelo, Moraes Moreira, Galvão e Paulinho Boca De Cantor, os Novos Baianos marcaram época com inovações na música e nas atitudes.
Ainda na década de 70 apareceram os blocos afros, o Ilê Ayê, Badauê, “Filhos de Gandi”, marcando assim o início de um período cultural em Salvador, os blocos representavam a luta contra o preconceito racial.
Originado do candomblé, o primeiro afoxé foi criado por um grupo de estivadores do cais da cidade, que só saiam para a festa depois de liberados pelas Mães e Pais de Santo. Com o tempo quebrou a tradição do carnaval feito por brancos para os brancos e ganhou as ruas contagiando os brancos com o som dos seus atabaques.

Em 1980 aconteceu a intesificação da mudança no carnaval de Salvador, os equipamentos de som dos trios elétricos foram potencializados, a percussão foi colocada em cima do trio, surgiram os blocos: “Traz os Montes”, “Eva”, surgiram novos estilos de música.
As transformações não são apenas nos equipamentos, entram em cena os abadás, os foliões passam para dentro das cordas do blocos, o que inicialmente era patrocinado pelo poder público, passou a ser privado, surgiu marketing, promoção e vendas.
Assim o carnaval de Salvador hoje é um fenômeno, vendido para o mundo, que atrai mais de dois milhoes de pessoa por dia, é uma grande menifestação cultural, a cada ano faz surgir músicas novas, muitas compostas por pessoas da terra, dando voz e espaço a pessoas anônimas.
Reune o negro, o branco, o turista, o visitante, o morador, jovem, idoso, pobre, rico, o povo enfim, que é o maior responsável pela configuração que a festa possui hoje.

Eliane

Fonte: www.portaldocarnaval.ba.gov.br