quinta-feira, 30 de abril de 2009

Exposição sobre John Lenon em Nova York


Se você vai para Nova York em maio uma boa opçaõ:

"Começa em maio em Nova York a exposição "John Lennon: The New York City Years", que aborda os anos em que o ex-Beatle viveu em Nova York. Segundo o site do semanário britânico New Musical Express, o evento, que acontecerá no anexo novaiorquino do Hall da Fama do Rock and Roll, exibirá fotografias, instrumentos musicais, desenhos, anotações e objetos pessoais como sua famosa camiseta com o nome da cidade.


Parte dos lucros será destinada à Spirit Foundation, organização de caridade criada por Lennon com sua esposa Yoko Ono." http://noticias.bol.uol.com.br/entretenimento/2009/04/30/ult89u10574.jhtm

Curiosidades sobre as regiões do Nordeste


O Nordeste é conhecido como uma região de sol, praias, calor e também pela seca. Nove Estados formam a região: Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Sergipe.
No Nordeste encontra-se o terceiro maior rio do Brasil, o Rio São Francisco, que recebe os apelidos de Velho Chico, Rio da Unidade Nacional e Rio dos Currais. Foi descoberto pelos navegantes Américo Vespúcio e André Gonçalves em 1501. O Rio nasce em Minas Gerais e corta os Estados da Bahia, Pernambuco, Alagoas e Sergipe. São encontradas algumas represas e usinas hidrelétricas como a de Paulo Afonso e da de Sobradinho, as duas na Bahia.
Segue algumas curiosidades de cada estado:

Alagoas: A partir do século XVI durante mais de 100 anos uma área entre Alagoas e Pernambuco concentrou-se o Quilombo dos Palmares, um agrupamento de escravos fugitivos, chegou a reunir 20 mil pessoas. O mais famoso deles foi Zumbi, que morreu em 1694, sua cabeça foi decepada e exposta em Recife. É a terra do escritor Graciliano Ramos, que entre os livros escritos estão: Vidas Secas e Memórias do Cárcere. Alagoas é conhecida como a “terra dos marechais”, os dois primeiros presidentes do Brasil nasceram em Alagoas: Deodoro da Fonseca e Floriano Peixoto, ambos marechais do Exército.

Bahia: A cidade de Salvador foi fundada em 1549 pelo português Tomé de Sousa, foi a capital do Brasil por mais de séculos, só em 1763 a sede do governo foi transferida para o Rio de Janeiro. Salvador é conhecida como a cidades das festas, a principal é o carnaval e algumas festas de origem religiosa, como a Lavagem do Bonfim, quando um grupo de baianas vestidas a caráter lava com água de cheiro os degraus em frente a Igreja do Bonfim, em 2 de fevereiro as homenagens são para Iemanjá, onde acontece uma grande festa na Praia do Rio Vermelho.

Ceará: Houve muitas dificuldades na colonização do Ceará, em função da aridez de seu solo e de índios com temperamentos difíceis e arredios, fato que fez com que o Ceará fosse ocupado tardiamente em comparação aos outros Estados do Nordeste. Possui um belo litoral, sendo uns dos principais destinos turísticos do país. Entre os escritores do Estado estão José de Alencar e Raquel de Queiroz que foi a primeira mulher a ser eleita para a Academia Brasileira de Letras.

Maranhão: Houve grande disputa para ver quem ficava com a região, inicialmente os franceses em 1612, ocuparam um território e fundaram a cidade de São Luís, que recebeu o nome em homenagem ao rei Luís XIII, da França, três anos depois Portugal assumiu o controle, perderam para os holandeses e após três anos Portugal recupera definitivamente e forma o Estado do Maranhão, percebe-se até hoje diferentes sinais que revelam as etapas da colonização. Encontra-se no Maranhão o parque dos Lençóis Maranhense que atrai muitos turistas.

Paraíba: No século XVI, o cultivo da cana-de-açúcar foi o principal motivo que levou portugueses, holandeses e franceses a disputarem a atual Estado da Paraíba. A capital do Estado, João Pessoa, adotou esse nome em função do assassinato de João Pessoa, governador do Estado, em 1930. Em 1992 a ONU (organização das Nações Unidas) concedeu a João Pessoa o título da segunda cidade mais arborizada do mundo, atrás apenas de Paris. Em Campina Grande, a 125 km da capital, acontece o maior São João do Nordeste, durante o mês de junho.

Pernambuco: Como em outros pontos da colônia brasileira, o território mostrou-se adequado para o cultivo de algodão e da cana-de-açúcar, e assim despertou a cobiça de povos europeus. Em Pernambuco encontra-se a Feira de Caruaru, ocorre na cidade de Caruaru, lá se vende uma variedade de produtos que vão de frutas, verduras, carnes a roupas e até artigos eletrônicos. A feira foi considerada pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) como Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil. O nome Pernambuco vem dos índios, “Paranampuka”, em tupi quer dizer “mar que bate nas pedras”.

Piauí: O Estado tem algumas diferenças dos outros Estados do Nordeste. O seu litoral é o menor do país, com apenas 66 quilômetros, a sua capital, Terezina, é a única do Nordeste que não fica a beira-mar, e foi o único território que não sofreu invasões estrangeiras durante a colonização. Sua ocupação se deu a través do bandeirante paulista Domingos Jorge Velho, que levou os primeiros rebanhos de gado. Até hoje sua economia se baseia na agropecuária extensiva. Os rebanhos de cabras é o segundo maior do Nordeste. Na agricultura está entre os maiores produtores de castanha do caju e atualmente a soja que tem atraídos produtores do sul.

Rio Grande do Norte: O estado começou a ser ocupado pelos portugueses quase cem anos após o descobrimento do Brasil. Os colonizadores enfrentaram uma resistência muito grande por parte dos índios potiguaras e de piratas franceses. Nessa época foi erguido o Forte dos Reis Magos, em forma de uma estrela de cinco pontas. Os holandeses foram outros invasores e responsáveis pelo início da extração de sal, que até os dias atuais tem forte importância na economia do Estado, é responsável por 90% de toda produção do País. Uns dos maiores estudiosos do folclore nasceu em Natal, Luís da Câmara Cascudo. A criação de camarão é outra fonte de renda, já conseguiu superar o Ceará que liderava como maior exportador do país.

Sergipe: É o menor Estado do Nordeste. Sua história é palco de invasões e de lutas pela posse da terra e em busca do pau-brasil, durante séculos a economia se baseou na plantação da cana-de-açúcar, o cenário mudou com a instalação da hidroelétrica de Xingo, e a exploração do gás natural e de petróleo. Entre as unidades da federação, apenas o Distrito Federal tem área menor que o Estado de Sergipe. A construção da futura capital do Estado, Aracaju foi planejada no formato de um tabuleiro de xadrez.

Fonte: Revista Brasil Regiões do Nordeste

Epidemia causa crise no Turismo














Aeroporto do México retrata o efeito da crise.
Vôo praticamente vazio, da Guatemala com destino ao México.


Fonte: notícias Bol

Rota do Cangaço em Sergipe












Rota do Cangaço em Sergipe:
O local que foi palco do assassinato de Lampião e seu bando fica na cidade de Canindé de São Francisco, em Sergipe. Lá existe a rota do cangaço, onde o turista é levado por guias especializados e anda pela caatinga, em meio a árvores secas, calangos e cactos, após aproximadamente meia hora de caminhada chega-se ao ponto principal: a Grota de Angicos, onde encontram-se duas cruzes e uma placa, o local foi a última parada do bando, onde aconteceu o massacre de Lampião, Maria Bonita e os nove cangaceiros que os acompanhavam.


Um pouco da história de Lampião:
- "Vou matar até morrer", assim Lampião sempre manifestou seu desejo de vingança pela morte da família.
Lampião: o apelido surgiu quando certa vez deu tiros de espingarda para iluminar a noite, para que um amigo achasse um cigarro. Seu nome de batismo: Virgolino Ferreira da Silva.
As secas prolongadas sempre intensificou as desigualdades sociais. Nesse contexto apareceu o coronel, que sempre teve poder nessas regiões. A luta pela posse da terra fez surgir os jagunços - que tinham como principal função defender os coronéis. Com o tempo apareceram os bandos que eram vários jagunços organizados, porém, independentes dos coronéis. Queriam conquistar o sertão dissiminando o medo e a violência.
Entre os bandos apareceu o mais temido: o de Lampião. Diferenciava-se dos outros pela ousadia, crueldade e irreverência. Ficou conhecido como o Rei do Cangaço, se tornou um grande estrategista.

Tinha uma maneira própria de se comportar. Entrava nas cidades cantando – primeiro mostrava alegria – eram reconhecidos de longe pelos chapéus em forma de meia lua, enfeitados com moedas de ouro e prata. Lampião era vaidoso, gostava de ser reverenciado por todos, e mais ainda do temor que as pessoas tinham dele. Usava anéis nos dedos e lenços no pescoço.
Ao entrar nas cidades pediam dinheiro, comida, armas, jóias. Roubavam dos ricos para dar aos menos favorecidos. Caso fossem atendidos nos pedidos Lampião preparava um baile e distribuía esmolas. O contrário iniciavam-se os massacres, homens mortos, mulheres violentadas, levavam as crianças; arrancavam olhos, orelhas e línguas de algumas pessoas.
Iam embora sempre antes do dia amanhecer em fila indiana e os que viam atrás pisavam nas mesmas pegadas, o último ia de costas apagando os rastros com folhas.
O bando foi exterminado numa emboscada, onde aproximadamente uns 40 fugiram, e foram mortos: Lampião, Maria Bonita e mais 9 cangaceiros. As cabeças foram expostas para que a população acreditasse na morte, só Maria Bonita foi degolada ainda viva.
Existe a hipótese de que o bando foi envenenado anteriormente por alguém que o traiu. A hipótese foi levantada em função de ter sido encontrado urubus mortos em volta às vísceras dos corpos. Porém, a sua morte ainda hoje gera controvérsias.



As cabeças decepadas são na seguinte ordem: de baixo para cima e da direita para esquerda -

1. Lampião 2.Quinta Feira 3. Maria Bonita 4. Luiz Pedro 5. Mergulhão 6. Manoel Miguel 7. Caixa de Fósforo 8. Enedina 9. Cajarana 10 e 11. Moeda e Mangueira.


quarta-feira, 29 de abril de 2009

Lei permite que mamografia seja de graça para mulheres acima de 40 anos


"O câncer de mama é uma das doenças que mais causam mortes de mulheres no Brasil. De 2008 até o fim deste ano, cerca de 50 mil deverão desenvolver a doença, segundo o Instituto Nacional do Câncer. Para tentar diminuir este número, entra em vigor hoje uma lei que determina que a mamografia - exame que detecta o câncer de mama - deve ser de graça para mulheres com mais de 40 anos, em toda a rede do Sistema Único de Saúde. Essa nova lei está sendo muito comemorada pelas mulheres e pelos médicos. O custo de um exame de mamografia fica, em média, em R$ 150 - o que dificulta muito as mulheres que querem fazer esse exame, mas não condições. Outra questão é que essa lei tem um caráter educativo. A ideia é conscientizar as família sobre a importância de se fazer o exame de mamografia."
Fonte: Globo Jornalismo

terça-feira, 28 de abril de 2009

CREDIÁRIO CAIXA FÁCIL FINANCIARÁ PACOTES DE VIAGENS


Uma linha de crédito para estimular as vendas de passagens e pacotes turísticos pelo Brasil foi lançada nesta segunda-feira pela Caixa Econômica Federal (CEF). O banco fechou ainda um protocolo de intenções com as duas maiores empresas de turismo do país, a CVC e a TAM Viagens. O valor máximo do financiamento é de R$ 10 mil e pode ser pago em até 24 meses, com parcela mínima de R$ 50. O pagamento pode ser feito via boleto bancário ou débito em conta corrente, não é necessário ser correntista da Caixa. As taxas se juros serão definidas pela CEF. O crédito turismo, ou Crediário "Caixa Fácil", tem como objetivo estimular o turismo pelo Brasil, mas também pode ser utilizado para financiar pacotes para o exterior. A Associação Brasileira de Agências de Viagens (ABAV) prevê um crescimento de 5% no setor de turismo por causa do financiamento. A expectativa da Caixa é investir R$ 2,2 bilhões em turismo até o fim do ano. De 2003 a fevereiro de 2009, já foram destinados R$ 5 bilhões ao setor turístico brasileiro.


CREDIÁRIO CAIXA FÁCIL FINANCIARÁ PACOTES DE VIAGENS

A Caixa Econômica Federal anuncia nesta segunda-feira (27), em São Paulo, a disponibilização do Crediário Caixa Fácil para o turismo. No evento, a CAIXA assina protocolo de intenções com a Associação Brasileira de Agências de Viagens (ABAV) para dar início à operação.

O acordo tem como objetivo disponibilizar a modalidade de financiamento de pacotes de viagens diretamente ao turista e ampliar a concessão de crédito no setor. O banco assina ainda protocolo de intenções com as duas maiores empresas de turismo do país, CVC e TAM Viagens.

Para a concessão da operação, a CAIXA efetuará o credenciamento das agências de viagens como Correspondentes CAIXA Aqui, dando acesso ao sistema para realizar a operação. O valor máximo de financiamento é de R$ 10 mil com prazo de pagamento em até 24 meses, via boleto bancário ou débito em conta corrente, com parcela mínima de R$ 50. As taxas são definidas em conjunto, considerando os aspectos regionais e a política de cada rede conveniada. A carência para pagamento da primeira prestação é de 90 dias.

Para a presidente da CAIXA, Maria Fernanda Ramos Coelho, a atuação do banco no setor comprova o compromisso da instituição em oferecer crédito ao varejo com simplicidade e agilidade, além de observar as condições competitivas de cada região, especialmente destinado à ampliação de acesso ao turismo do público de menor renda. “A proposta consiste em ampliar a oferta de crédito reforçando nosso posicionamento como banco do turismo”, afirma.

Já o presidente da TAM, comandante David Barioni Neto, avalia a iniciativa como ‘oportuna e estratégica’. “Vai haver fomento do turismo no país, o que gera renda e empregos para o setor. Isso por si só já é importante e torna-se ainda mais no atual cenário econômico”, ressalta.

Fonte: Jornal da Globo
Informações nas agências da Caixa Econômica
Nossa opinião: A motivação para a atividade turística extrapola os belezas naturais, é preciso que o destino escolhido tenha boa infra-estrutura, mão-de-obra qualificada, qualidade nos serviços, e que a qualidade de vida dos moradores seja satisfatória.
O Programa por um lado traz benefícios porque incentiva as classes menos favorecidas a viajar, porém, as resposabilidades do governo são muitas como a minimização de impactos negativos no social, cultural e ambiental.
Torcemos para que o programa tenha êxito.
Eliane

segunda-feira, 27 de abril de 2009

porque eu amo Ronaldo?


Porque ele ama a música Leãozinho de Caetano;
Porque ele pagou o maior mico com Cicarelli, só porque estava apaixonado;
Porque ele fala bem de Pelé, mesmo o Rei falando mal dele;
Porque ele não fala mal de ninguém;
Porque ele não perde a tranquilidade com as perguntas imbecis da imprensa;
Porque Caetano defendeu ele num show;
Porque o cara precisa ser muito retado para ter um contrato vitalício com a Nike e ele TEM;
Porque ele corre lindamente no campo;
Porque a Rede Globo se rende a ele;
Porque SÓ ele é um Fenômeno;
Porque ele é o cara;
Porque ele show;
PORQUE ELE É GOL!!!!
Eliane

domingo, 26 de abril de 2009

Vitrine do Desrespeito e Humilhação ao Turismólogo: os Enucos do Turismo Brasileiro - João dos Santos Filho

"VITRINE DO DESRESPEITO E HUMILHAÇÃO AO TURISMÓLOGO: OS EUNUCOS DO TURISMO BRASILEIRO - João dos Santos Filho
Caro turismólogos nunca poderia imaginar que um dia viesse a escrever o presente texto, e devo confessar que para mim bacharel em turismo e Ciências Sociais não foi nada fácil. Pois minha consciência como cientista social levava-me a denunciar o que há por detrás da “Lei Geral do Turismo” n. 11.771 de 17 de Setembro de 2008. De outro como turismólogo fiquei indignado e perplexo com a mudez opinativa dos colegas perante o significado da “Lei Geral do Turismo”.
Diante deste dilema optei por explicitar algumas dúvidas; a “Lei geral do turismo” não menciona, ou melhor, omite o profissional turismólogo ou bacharel em turismo, poderiam pensar que isso fosse mais um dos caprichos de nós turismólogos que lutam pela regulamentação profissional a mais de trinta anos, mas não é! O que nos deixa estapafúrdio é saber que somos os únicos profissionais que apesar de cursar um curso superior de turismo e estudar esse fenômeno de forma sistemática, não sermos nominados como responsáveis pelas atividades contidas no:
Capitulo III - DA COORDENAÇÃO E INTEGRAÇÃO DE DECISÕES E AÇÕES NO PLANO FEDERAL, Seção I, Das Ações, Planos e Programas: “VIII - a formação, a capacitação profissional, a qualificação, o treinamento e a reciclagem de mão-de-obra para o setor turístico e sua colocação no mercado de trabalho”;
E no Capítulo II - DA POLÍTICA, DO PLANO E DO SISTEMA NACIONAL DE TURISMO, Subseção II: “XIX - promover à formação, o aperfeiçoamento, a qualificação e a capacitação de recursos humanos para a área do turismo, bem como a implementação de políticas que viabilizem a colocação profissional no mercado de trabalho”; (http://www.turismologia.com.br/lgt.asp) A questão agravante nesse caso se deve ao fato que a precariedade do estatuto jurídico que possuímos fica mais débil, pois qualquer outro profissional como o administrador (pelos seus interesses confessos em tentar incorporar os turismólogos na fileira dos administradores), o leigo, o político e o tecnólogo podem vir atuar no campo da capacitação profissional e acadêmica. Sem mencionar que a Deliberação Normativa Nº 390, de 28 de Maio de 1998 se refere à importância do parecer técnico emitido por profissional egresso de cursos superiores de Bacharel em Turismo.
Afinal somos credenciados para assinar os pareceres técnicos e, não para fazer parte da “Lei Geral do Turismo”, principalmente naquilo que ela tem de mais nobre o treinamento da mão de obra e capacitação profissional e acadêmica. Serão que não nos consideram educadores? Questionamos quem educa o educador, é o trade? Se assim for, para que servem os cursos de turismo? Para que o empresário da educação em turismo acumule capital ou para os nobres motivos da educação superior.
Parece cômico para não dizer trágico, o Estado formaliza um arcabouço legal normativo sobre a “Lei geral do turismo” e não menciona seu trabalhador fundante o Turismólogo. Isso me faz lembrar em termos de galhofa o que seria; a lei geral da saúde, sem levar em conta o médico ou a enfermeira; a Política Nacional de Energia Nuclear, sem levar em conta os formados em física; a lei geral da advocacia sem levar em conta o bacharel em direito, e assim poderíamos enumerar inúmeras categorias profissionais.
De outro lado, não podemos ficar sem aplaudir o conteúdo da lei que veio disciplinar, articular e dar foro legitima as leis que estavam esparsas e perdidas de direção quanto sua eficácia normativa.
Entretanto, essa lei veio contrair ainda mais o mercado de trabalho para o turismólogo que vê sua especificidade laboral sendo invadida por outros profissionais, que após a implementação da mesma acabou nivelando todas as funções de turismo como atividades iguais. O que tira a especificidade do turismólogo e o coloca idêntico a qualquer outro profissional de nível superior, com a desvantagem que todos possuem uma formação especifica, menos o turismólogo que é produto daquela idéia retrógada e equivocada de que a formação do mesmo deve ser generalista.
No capítulo II, subseção II, Dos Objetivos, deparamos com o inciso X:
X - prevenir e combater as atividades turísticas relacionadas aos abusos de natureza sexual e outras que afetem a dignidade humana, respeitadas as competências dos diversos órgãos governamentais envolvidos;
Impressiona a timidez com que o Estado explicita a questão do turismo sexual, como se o problema não fosse produto da atividade turística promovida sem critérios, na qual para se conseguir turista principalmente estrangeiro todo vôo Charter é bem vindo. Hoje só o nordeste recebe 28 vôos semanais fora os regulares aliados a questão da pobreza local, alimentam a indústria do turismo sexual. Por isso são inócuas as campanhas publicitárias, pois o que manda é força dos dólares: o hotel nada vê, o agenciador de garotas apesar de conhecer funcionários do estabelecimento e ser conhecido ninguém o conhece.
Nos aeroportos quando da chegada dos vôos chartes a magia ocorre; agenciadores bilíngües negociam carne humana infantil, por hora, por dia ou por semana. Taxistas já sabem como recolher as garotas a maioria menor de idade, muitos turistas saem dos aeroportos e chegam acompanhados aos hotéis. E como não poderia deixar de ser, as autoridades ficam se esquivando de atuar, pois dizem que cada órgão tem limites.
Para finalizar esse breve comentário, não poderíamos deixar de refletir que nossa exclusão como profissionais da “Lei Geral do turismo” se deve a nossa pouca organização política e organizativa diante do lobby desenvolvido pela Associação Brasileira de Agentes de Viagem – ABAV, que por sinal esta lutando para regulamentar as atividades profissionais do Agente de Viagem. Na qual encontramos uma série atividades que são contempladas aos agentes de viagens que também são desenvolvidas pelos bacharéis de turismo – turismólogos.
A “lei Geral de Turismo” não substitui a necessidade da regulamentação da profissão de turismólogo, pois quem assim afirma trabalha em cima de uma falsa premissa. E nem podemos imaginar que aos Bacharéis de turismo poderão constituir empresas para atuar em planejamento.
Na verdade foi uma humilhação para os turismólogos não serem mencionados na “Lei Geral do Turismo” é como falar do Brasil e esquecer-se de mencionar os brasileiros. Isso mais uma vez demonstra que o trade está somente preocupado com as questões econômicas; aumentar a permanência do turista estrangeiro em território nacional, que o dólar não sofra nenhuma desvalorização e que o turismólogo fique longe do turismo."
João dos Santos Filho
Bacharel em Turismo, pelo Centro Universitário Ibero-Americano de São Paulo (Unibero) e Bacharel em Ciências Sociais, pela PUC/SP. Mestre em Educação: História e Filosofia da Educação, pela PUC/SP.

Nossa opinião: Favorecimento aos empresários e ao governo, que contam com mão-de-obra barata e sem qualificação.
Eliane

sexta-feira, 24 de abril de 2009

A farra até em CPI da Pedofilia

"O que é para ser uma comissão parlamentar de inquérito de sete senadores virou um trio, composto por um parlamentar e dois assessores, responsável pelo gasto de R$ 200 mil em passagens e diárias em um ano de investigação. Há um clima de constrangimento dentro do Senado por causa da CPI da Pedofilia. Senadores e funcionários tentam disfarçar o mal-estar com as despesas protagonizadas pelo presidente da comissão, Magno Malta (PR-ES), e dois servidores. O problema não é o mérito da investigação, mas os critérios adotados para as viagens, inclusive ao exterior, e a escolha dos funcionários que acompanham o senador. Em conversas reservadas, os parlamentares reclamam da falta de relatórios sobre as viagens e da presença de assessores nelas, contrariando uma praxe na Casa de não levá-los ao exterior. Não se sabe o que é feito. Incomodado com o cenário, o relator da CPI, Demostenes Torres (DEM-GO), já admitiu a colegas o desejo de abandonar os trabalhos. O senador gastou R$ 2,9 mil com passagens pela CPI, 11 vezes menos do que Malta, que já consumiu R$ 34 mil, além de R$ 33 mil em diárias para visitar Argentina, Suíça, Índia, EUA e capitais brasileiras."
Fonte: bahianotícias.com.br

Como acreditar nos políticos?
Quem tiver uma resposta gostaria de saber!
Eliane

Farra das Pasagens


Com o extraordinário potencial turístico que tem o Brasil convivemos com a falta de recursos que limitam e bloqueiam os brasileiros a conhecerem seu próprio País. Além disso, vemos que a política aumenta as contradições sociais. O não compromisso dos políticos está aí escancarado com a farra das passagens. Enquanto viajar se torna inacessível a muitos, para eles é uma festa e com muitos convidados! "Brasil! Mostra sua cara, quero ver quem paga, pra gente ficar assim!"
Eliane

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Imagens da Beira Mar de Fortaleza







O local mais visitado da Cidade Fortaleza por moradores, turistas e visitantes é a Av. Beira Mar. O lugar é turístico por excelência.
Ao londo da Avenida encontramos a Estátua de Iracema, que representa o primeiro monumento em homenagem a "virgem dos lábios de mel" do romance de José de Alencar.
Porém, infelizmente encontramos o monumento em completa deterioração, além de buracos no calçadão. As fotos abaixo comprovam. A Beira Mar pede socorro!
Eliane

fotos tiradas: 22/04/2009


























sábado, 18 de abril de 2009

Obama e o Turismo


O americano "turistifica" tudo. Nova York é a maior evidência que não precisa de atrativos naturais para uma cidade ser turística. Agora é a vez do Presidente Barack Obama, foi criado o "Roteiro Obama" que contempla restaurantes frequentados pelo Presidente como: Ben's Chill Bowl e o Eqauinox, em Washington.

São exemplos bem sucedidos que deveriam ser copiados.
Eliane

Fonte: Folha de São Paulo

Renda Irlandesa Divina Pastora/Sergipe


Parabéns ao Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) por ter contemplado Município de Divina Pastora/SE com a inclusão no Livro de Saberes e considerado a renda irlandesa, produzida pelas artesãs do município, como Patrimônio Cultural do Brasil - um reconhecimento das manifestações culturais.
O artesanato reflete o modo de vida de uma localidade. Revela-nos valores culturais e tradicionais desde quando é um processo de experiência coletiva que é materializado pelas mãos e pela alma de artesãos e artesãs, e cria um contexto favorável à atividade turística. É sem dúvida uma ação que resgata a tradição, e dentre os atrativos do turismo o artesanato a cada dia está mais em evidência justamente por revelar quem somos.

Eliane

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Fortaleza 283 anos

http://www.opovo.com.br/opovo/opiniao/870203.htmlhttp://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=630386
Fortaleza está fragmentada. Encontramos diferentes cidades: a da periferia, da classe média, da elite e a dos turistas. Em todas deparamos-nos com a violência instalada e com o comodismo daqueles que estão "protegidos" pelos muros e pelos "seguranças", revelando a vulnerabilidade em que vivemos, e assim é a nossa rotina.Todas essas as cidades representam uma só e são diferenciadas pela infra-estrutura e os serviços disponibilizados em cada uma, que está aí para todos verem sem nenhum esforço. Isso tudo nos remete a uma nostalgia de um passado em que a cidade era inteira.Porém, podemos reconhecer as qualidades que estão na sua paisagem e em seu povo que não deixa de acreditar que um dia tudo vai melhorar.

Como disse Vinícius de Morais em "A cidade em progresso":

"Tornou-se grande, sórdida, ó cidade Do meu amor maior! Deixa-me amar-te assim, na claridade Vibrante de calor!"

Eliane

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Dicas de como ser hóspede e anfitrião


Anfitrião:
Receber é uma arte. É preciso ter delicadeza, atenção e carinho;
Mantenha o bom humor e sorria;
A arte está nos mínimos detalhes. Ofereça mimos ao seu hóspede;
Prepare as refeições de acordo com o gosto do hóspede, pergunte se ele tem restrições alimentares;
Reserve algum cômodo para guardar objetos e roupas;
Reserve sabonete, pasta de dentes novos e roupas de cama e banho;
Não mude a rotina da casa, porém, deixe seu hóspede à vontade;
Não imponha horários;
Faça uma cópia das chaves para ele, é de bom de tom, porque assim o hóspede fica mais vontade;
Mostre os cômodos da casa;
Dê liberdade para que eles saiam sozinhos, mas sempre que você sair a lazer pergunte se ele quer acompanhar;
Fale sobre dicas e os pontos turísticos da cidade;
Enfim trate o hóspede como gostaria de ser tratado.

Hóspede:
Se receber é uma arte ser hóspede também é.
Lembre-se que você está na casa dos outros;
Mantenha o bom humor e sorria;
A casa é um dos lugares mais sagrados, quando abrem a porta para lhe receber valorize este gesto você está entrando no mundo de outras pessoas;
Deve sempre aceitar com gratidão o que lhe é oferecido;
Não deve mudar a rotina da casa;
Não deve acordar tarde, se adaptar aos horários da casa;
Não seja arrogante nem dê sugestões na vida pessoas da casa, você está no espaço dos outros;
Lembre-se sempre que você está tirando a tranqüilidade por mais bem recebido que você seja;
Você está convivendo com a privacidade de outras pessoas não comente a rotina com ninguém, principalmente se houver amigos em comum; e tenha certeza que o dono da casa sempre acaba sabendo (por aquele "amigo" do "amigo em comum" hahahahahaha) e por mais confiança que você tenha nesse "amigo em comum" ele acaba ficando do lado de quem fica, porque o hóspede sempre vai embora;
Ofereça-se sempre para ajudar nas tarefas da casa;
Se possível colabore com as despesas, mas, lembre-se que isso não lhe faz o dono da casa e, sempre pergunte antes se pode colaborar, o anfitrião pode se sentir constrangido;
Se você pensa que atenção, carinho, respeito são valores pagos, é melhor ficar num hotel, quem está disposto receber hóspede em casa é uma atitude que não tem preço, valorize isso;
Seja companheiro;
Só atenda ao telefone se o dono da casa pedir;
Mantenha seu quarto e banheiro arrumados;
Leve lembrança para todos da casa, é de bom tom;
Gratifique os funcionários;
Não fique mais tempo que o combinado, lembre-se que as pessoas tem programação e que paciência tem limite;
Fale pouco ao telefone e não tome banho demorado;
Faça silêncio;
Se quebrar algum objeto, reponha;
Uma regra básica e fundamental: não receba visitas - em nenhuma hipótese, principalmente para dormir, o convidado é você, se encontre com seus amigos em lugares externos;
Tenha bom senso;
E por último, ao ir embora deixe alguma lembrança pode ser flores ou uma caixa de bombons, ou apenas um bombom, o importante é o reconhecimento e um bilhete agradecendo a gentileza de ser recebido, e se coloque a disposição para retribuir.

Eliane

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Entrevista do Secretario de Comunicação da Prefeitura de Salvador - André Curvello
















Fonte: http://www.bahianoticias.com.br/noticias/entrevistas/2009/04/06/86,andre-curvello.html

"Estamos aparecendo pouquíssimo porque a gente não tem dinheiro. A realidade financeira da prefeitura é diferente, é outra"
Por Alexandre Costa
Bahia Notícias – Como você foi parar na prefeitura André?André Curvello – Bom, eu sou jornalista, formado pela Ufba e com passagem por todos os veículos de comunicação em Salvador, seja jornal, rádio ou televisão, além de agência de publicidade. Fiquei um bom tempo como chefe da sucursal do jornal A Tarde em Feira de Santana, onde depois fui secretário de Comunicação na gestão de João Durval. Também participei de várias campanhas políticas. O prefeito me convidou ano passado e eu aceitei.
BN – E qual foi o principal obstáculo que encontrou ao assumir a Secom?AC – O principal obstáculo era o fato da Secretaria de Comunicação estar muito na mídia de forma negativa.
BN – A Secom era notícia, com a entrada e saída de secretários...AC – Sou o quinto secretário. Então a filosofia que deve prevalecer é que assessor de imprensa não deve ser notícia, e muito menos secretário de Comunicação.
BN – A primeira-dama de Salvador e deputada estadual Maria Luiza Carneiro (PMDB) foi apontada como pivô da saída de pelo menos alguns de seus antecessores, o que colocou a Secom na mídia de forma negativa, como você disse. Ela ainda interfere na sua área?AC – Acho que não é por aí. Eu tenho um relacionamento extremamente respeitoso com a primeira-dama, tenho admiração pelo trabalho que ela realiza como deputada e também na área social, onde ela conseguiu dinamizar a estrutura no Mais Social.
BN – Então ela não se envolve mais com a comunicação?AC – Não, ela não se envolve. Sigo a orientação do prefeito João Henrique Carneiro.
BN – Que mudanças você promoveu de imediato na Secom?AC – Assumi num ano eleitoral. Tinha um prefeito que era candidato à reeleição, então foi um ano atípico. Não diria que a secretária já esta com minha cara, pois esse é um processo lento que foi dificultado até pelo tumulto administrativo do período eleitoral. Agora, eu acho que a gente está tentando melhorar o relacionamento da prefeitura com a mídia. É uma tentativa diária, buscando gerar informação. O relacionamento ainda não é o ideal, pode melhorar, mas já melhoramos muito para o que era.
BN – Apesar de todos os esforços na comunicação, o Datafolha continua a colocar João Henrique como o pior prefeito do Brasil. O que está dando errado?AC - Essa pesquisa, na minha opinião, não tem valor, com todo respeito ao instituto. Primeiro você não pode afirmar que João Henrique é o pior do país, afinal só oito prefeitos foram avaliados. Você observa que o segundo lugar tem seis pontos, e João Henrique tem 5.1, que é a mesma avaliação de quando ele foi reeleito, quando tava com 5.2. Então, nós vamos realizar pesquisas de avaliação que vão acontecer de forma mais sistemática para observamos como anda de fato a aceitação do prefeito. Claro que sabemos que essa aceitação não é ainda a ideal, mas ela é muito boa.
BN – Quando você chegou a prefeitura, o cenário para João Henrique era nebuloso. Todas as pesquisas o colocavam sem chances de ser reeleito. Você acreditava nessas pesquisas?AC – Era verdade. A rejeição do prefeito era muito alta. Todas as pesquisas internas e de outros institutos mostravam isso. Mas eu acho que a comunicação foi se ajustando e, com a campanha eleitoral, o prefeito teve condições de mostrar muita coisa, de modo que essa rejeição despencou. Mas eu acreditava na reeleição. Em alguns momentos era engraçado, pois havia um desânimo geral, pois estávamos em quarto e diante de tantos competidores fortíssimos e a gente com muitas dificuldades administrativas. Mas eu sempre dizia que estávamos no jogo. Um instituto chegou a me dizer em maio que João Henrique estava fora, e eu dizia que estava dentro. Eu via as obras, a cidade se desenvolvendo. E via também o apoio do ministro Geddel Vieira Lima (Integração Nacional), que foi fundamental, e a própria mudança do prefeito, que saiu do gabinete e foi para a rua, onde ele deve estar sempre. E o povo gosta dele.
BN – A Secom está preocupada em aprimorar a imagem do prefeito?AC – Não. A Secom é uma prestadora de serviço. Nós passamos informação. Se ser a ponte entre a prefeitura e a mídia ajuda a melhorar a imagem do prefeito, então ótimo. Mas não temos papel político. Temos é de comunicar bem.
BN – Com que freqüência você despacha com o prefeito?AC – Todos os dias, várias vezes no dia, pessoalmente e por telefone. João Henrique é um obstinado por trabalho. De modo que ele não tem dia nem hora para lhe acionar.
BN – Por que o governador Jaques Wagner (PT) aparece mais na mídia do que o prefeito?AC – Estamos aparecendo pouquíssimo porque a gente não tem dinheiro. A realidade financeira da prefeitura é diferente, é outra. Então, isso até reflete na imagem do governador. Propaganda bem feita gera bons resultados. A gente aparece quando dá, em campanhas esporádicas, como esta do aniversário de Salvador. Muita coisa do que fazemos não podemos mostrar por falta de dinheiro. Nosso orçamento é pequeno. Aliás, essa coisa de orçamento na comunicação sempre é polêmica. Sempre defendo que esse assunto deve ser tratado com mais pragmatismo, com menos olhar político. A comunicação é saudável para o poder público, para o mercado, para a imprensa, para todo mundo, pois é prestação de contas. Governos que investem em comunicação estão investindo em transparência, até porque esses investimentos são auditados pelos tribunais de contas.
BN - Qual o orçamento da comunicação da prefeitura de Salvador?AC – Chega a ser engraçado, mas está em torno de R$5 milhões, incluindo publicidade.
BN – A publicidade caminha junto com o jornalismo?AC - A reforma administrativa tirou a coordenação de propaganda da Secom. Então, essa coordenação foi para o gabinete do perfeito. Hoje a função da Secom é estritamente a de se relacionar com a imprensa, de informar.
BN – O ministro Geddel dá muito palpite na sua área?AC – O ministro é um colaborador fantástico e eu fico muito feliz com as colaborações que ele dá. É um homem público experiente e muito inteligente. Então, é sempre oportuno, é sempre interessante estar conversando com ministro e ouvindo suas orientações.
"Alguns até cogitaram, no processo de elaboração da reforma, extinguir a Secom, idéia que o prefeito rechaçou veementemente"
BN – O que mudou em termos de estratégia na comunicação do primeiro para o segundo mandato do prefeito?AC – Fizemos mudanças. Já criamos um site específico da Secom. Precisamos estar atentos à internet. Acho que ela vai crescer mais, não vai parar. É uma forma de comunicação direta. A gente tem muitas dificuldades com um orçamento pequeno, mas a gente quer dinamizada a comunicação interna e, para isso, também temos de estar atentos às novas tecnologias. Também lançamos o jornal Novo Tempo, que era o Tá Acontecendo, compatível com a nossa nova marca. E estamos querendo lançar um jornal voltado para os servidores públicos municipais.
BN – Porque a mudança de marca?AC – É normal, afinal mudou a administração.
BN – Mas a administração é a mesma, afinal o prefeito é o mesmo...AC – É um novo governo, hoje menor, mais coeso, mais homogêneo. É um novo mandato, e nós entendemos que a gente precisava, mesmo com um primeiro mandato aprovado, já que João Henrique foi reeleito, dar uma cara nova, mudar até mesmo para estar de acordo com os novos objetivos do prefeito, que fará projetos estruturantes para a cidade, de longo prazo, planejando Salvador para o futuro.
BN – Muita gente criticou a marca. Como você viu essas críticas?AC – Discordo que muita gente tenha criticado. Eu respeito a opinião dos outros e ponto final. Agora não precisamos criar polêmica sobre um assunto desnecessário. A marca é fruto de um processo criativo. Pode-se gostar ou não. Acho a marca extremamente coerente, tanto que aprovei a marca e acho que ela vai fazer história.
BN – Então não é um custo desnecessário para uma secretaria que tem pouco orçamento, como você diz?AC – Não. A comunicação tem um custo como qualquer outra atividade. Investir em propaganda não é gasto, é prestação de contas. Os veículos criticam isso, mas a propaganda movimenta o poder público e é um vetor de crescimento que movimenta a economia, inclusive nos próprios veículos.
BN – A área da comunicação foi atingida com o enxugamento da máquina provocada pela reforma administrativa do prefeito?AC – Não. Alguns até cogitaram, no processo de elaboração da reforma, extinguir a Secom, idéia que o prefeito rechaçou veementemente. O prefeito compreende a importância de uma prefeitura como a de Salvador ter uma Secretaria de Comunicação. E ainda não temos a estrutura considerada ideal, ainda pecamos muito em tecnologia, mas, diante da nossa realidade orçamentária, fazemos trabalho adequado. Para você ter uma idéia, há secretarias onde não tem nem a figura do assessor de imprensa ou coordenador de comunicação. Quando se fala em colocar isso, dizem que é um absurdo, que é gasto desnecessário, mas esses organismos precisam sim de uma estrutura mínima de comunicação. Com a reforma administrativa, conseguimos criar alguns cargos de assessor de comunicação que deslocamos para algumas secretarias. Precisamos tratar a comunicação como uma ciência matemática e não com Hipocrisia. Acho, inclusive, que falta união da nossa classe para que isso aconteça.
BN – As relações entre o prefeito e o governador Wagner ficaram estremecidas após as eleições do ano passado. Isso de alguma forma influencia de forma negativa naa relação entre a comunicação da prefeitura e do governo do estado?AC – Tenho um relacionamento bom com o secretário de Comunicação do governo, Robinson Almeida. É um parceiro. A relação é responsável e profissional. Eu sou um técnico cumprindo a minha missão.
BN – Como técnico você algumas vez já repreendeu o prefeito?AC – Sigo a orientação do prefeito, sou um liderado do prefeito, um comandado. Em algumas oportunidades, como ele é extremamente democrático e gosta de ouvir opiniões, eu humildemente dou minhas opiniões. Trabalhar com João Henrique é muito bom porque ele dá liberdade para a gente opinar, para a gente agir, e isso é muito gratificante.
BN – Durante a campanha eleitoral do ano passado, o prefeito assumiu uma postura mais agressiva, que o ajudou muito no processo. E ele tem mantido essa postura agora no segundo mandato. Foi uma estratégia de comunicação?AC - Eu acho que o melhor assessor de comunicação do prefeito é o próprio prefeito. Ele achou por bem adotar uma nova postura, sem perder a ternura, sem se afastar de seus ideais, sem deixar de lado a sua educação. Ele apenas resolveu adotar uma postura diferente. Acho que deu certo não é?
BN – Qual você acha que será o futuro político do prefeito? Concorrer ao governo em 2010? Do ponto de vista da comunicação, você acha que é uma empreitada eleitoralmente viável?AC – O prefeito diz que o destino deles está nas mãos de Deus. Acho que o prefeito está na fila, como ele mesmo diz. Mas o partido, o PMDB, tem o ministro Geddel como primeiro da fila. Do ponto de vista da comunicação, acho que é uma empreitada viável sim.
BN – Qual foi a maior crise que você enfrentou no governo JH?AC - Bom, todo dia tem crise. Eu acho que a questão da demolição do terreiro (Oyá Unipó Neto) foi a maior crise, pois eu tinha acabado de chegar na prefeitura e aquilo me pegou desprevenido. A gente ainda trata a comunicação de forma muito amadora. Comunicação é planejamento. Tem de estar interligada com todas as áreas. Às vezes, a gente é surpreendido. Eu não sabia daquilo com antecedência. Todo dia temos de estar com esse ou aquele secretário ou diretor de órgão porque eles não tem essa preocupação, não pensam no dia seguinte do ponto de vista da comunicação. Eu sempre digo, por exemplo, que o relacionamento com a imprensa tem de ser tratado como uma guerra. O jornalista vive de informação e não é seu amigo. Ele quer informação. Por isso, a imprensa deve ser tratada sempre de forma muito profissional e transparente.
BN – A imprensa tem lado?AC – Sim, os veículos o repórter também têm lado. Vejo assim: a prefeitura tem seus interesses, e a imprensa também. Mas o que norteia essa relação é o respeito. O que não pode é acontecer mentira.
BN – Você acha que a reeleição de João Henrique calou muito jornalista e veículos de comunicação?AC – (risos) Olha, João Henrique ressurgiu das cinzas. Muito jornalista o dava como morto. Acho que é algo que vale a pena refletir. Do ponto de vista da comunicação, não devemos nunca tratar a política como algo inflexível. Muitos apostaram que João Henrique não seria reeleito, o que é normal, afinal todo mundo tem lado, como eu disse antes.
BN – O prefeito alguma vez já pisou na bola na comunicação?AC – O prefeito não pisa na bola nunca (risos).

Nossa opinião: Equilíbrio e maturidade! Parabéns ao Prefeito por ter ao lado um jovem de garra e caráter.