segunda-feira, 30 de abril de 2012

Bilionário australiano vai construir 'novo Titanic'


Um bilionário australiano anunciou nesta segunda-feira planos de construir uma versão "inafundável" do Titanic, cem anos após o navio original colidir com um iceberg e naufragar, deixando mais de 1,5 mil mortos.

O Titanic 2 deve fazer sua viagem inaugural da Inglaterra aos Estados Unidos, a rota do navio original, no final de 2016.
"Ele será concebido para não afundar", disse Clive Palmer, magnata da mineração e do turismo. "Será desenhado como um navio moderno, com toda a tecnologia para garantir que isso não aconteça".
O Titanic original, que na época de seu lançamento era o maior transatlântico do mundo, foi apelidado por uma revista da época de "praticamente inafundável".
Na tragédia de 15 de abril de 1912, apenas 705 sobreviveram. O navio colidiu com o iceberg em sua viagem inaugural, que também seria sua última.
Palmer disse que sua nova empresa, a Blue Star Line Pty Ltd, assinou um memorando de entendimento com a estatal chinesa CSC Jinling Shipyard para construir o Titanic 2. O navio original era operado pela britânica White Star Line.
O projeto do novo Titanic já começou a ser esboçado e o navio terá as mesmas dimensões da antiga versão: 268 metros de comprimento, 28 metros de largura e 53,3 metros de altura. Além disso, terá 840 quartos e nove tombadilhos.
Informações:  Reuters

domingo, 29 de abril de 2012

O novo palazzo dos Coppola na Itália: Cineasta americano inaugura mais um hotel de luxo



Francis Ford Coppola ficou famoso como o grande cineasta que é. Mas, de uns tempos para cá, o diretor de “O Poderoso Chefão” e “Apocalipse Now” anda interessado em outras coisas boas da vida, como os vinhos de sua propriedade em Napa Valley e os hotéis que espalhou pelo mundo.
Palazzo Margherita, em Bernalda, a cidade-natal de Agostino, avô de Francis Ford, situada nas montanhas da Basilicata, perto do mar, no sul da Itália, é o mais novo membro do Coppola Resorts. A construção de 1892 foi restaurada com a ajuda do designer Jacques Grange e contribuições de toda a família, sempre importante para o diretor.
São sete suítes e dois “garden rooms”. A de número quatro, também conhecida como Sofia, criada pela filha cineasta de Francis Ford, tem 60 m², sauna, terraço privativo e afrescos. A sete, bolada pelo filho Roman, ganhou ares modernistas, com móveis art deco. Na nove, o próprio Francis usou a influência tunisiana, como homenagem à avó, Maria Zasa.


O Palazzo Margherita tem um bar aberto para a rua, mas seus outros espaços de refeições e convívio são privados, como o cinema com a coleção de filmes italianos do dono. A ideia é fazer do hotel um lugar bem “lá em casa”, com cozinha comunitária onde se pode ver a preparação de pratos autênticos da província de Matera.

Diárias entre 440 euros a 1.550 euros (R$ 1.073 a R$ 3.782), para hospedagem em maio de 2012, com taxas, café da manhã, bebidas no quarto e aulas de culinária.
Império da hospedagem de luxo

O Palazzo Margherita junta-se aos outros quatro resorts da família Coppola espalhados pelas Américas Central e do Sul. O primeiro foi o Blancaneaux, aberto em 1993 e situado na reserva florestal de 107 mil acres, às margens de um riacho, em Belize.

Ali, tudo foi pensado para estar em harmonia com a natureza, da horta orgânica à hidrelétrica para abastecer o hotel. São 20 villas ou cabanas (com diárias entre US$ 255/ R$ 412 e US$ 1.800/ R$ 3.296) com design do mexicano Manolo Mestre, livremente inspirado em desenhos nativos encontrados nas Filipinas, onde Francis Ford filmou “Apocalypse Now”.
Informações: IG - Mariane Morisawa, especial para o iG


O tempo é generoso com a velha senhora do champanhe: Veuve Clicquot Grande Dame



O tempo é generoso com a velha senhora do champanhe. As safras vão se sucedendo e, de repente, as condições do clima em um determinado ano permitem um amadurecimento perfeito das uvas. Sorrisos e expectativa na maison. Começa a vinificação, depois vem a mistura dos vinhos ainda tranquilos à espera da segunda fermentação e então as garrafas adormecem nas caves por longos oito anos, caso desse Veuve Clicquot Grande Dame agora à disposição de nossas taças.
Esse não é um acontecimento comum e a empresa enviou aos trópicos o seu chef de caveDominique Demarville, continuador da tradição iniciada por madame Barbe Nicole Clicquot-Ponsardin no século 18, justamente a homenageada com o título La Grande Dame. O primeiro lançamento desse símbolo máximo da qualidade exibida pela vinícola ocorreu a partir da safra 1962, colocada no mercado 10 anos depois para celebrar o bicentenário da maison.
A garrafa, em vidro fumê e com curvas que lembram os primeiros modelos usados na região, vem em um coffret com um estojo rotativo negro que, segundo a empresa, “evoca as portas giratórias dos grandes hotéis de luxo”. Para “acessar” o conteúdo borbulhante é preciso puxar uma fita de gorgorão amarela, que lembra o laço que madame Clicquot colocava em suas garrafas.
Com 2/3 de Pinot Noir e 1/3 de Chardonnay procedentes de seus melhores vinhedos, La Grande Dame 2004 é realmente um delicioso champagne, com efervescência considerável, aromas muito elegantes (frutas brancas e um discreto toque cítrico), evoluindo para as tradicionais sugestões de brioche e frutas secas, enquanto o gosto mostra consistência compatível com sua longa maturação. O preço sugerido pela LVMH, que controla a maison Veuve Clicquot, é de R$ 670 nas lojas especializadas.
chef de cave Dominique Demarville também apresentou duas outras preciosidades da bela safra 2004: os Vintages Blanc (R$ 300) e Rosé (R$ 330), ambos com a tradicional finesse da marca.
Serviço:
SAC LVMH
Tel. (11) 3062-8388

Informações: IG

domingo, 22 de abril de 2012

A mais antiga e importante corrida de vela oceânica do mundo - Veneza


Os 15 hóspedes privilegiados poderão velejar ao lado de campeões, enquanto desfrutam de mordomias

O maior desafio de um iatista é participar da America’s Cup, a mais antiga e importante corrida de vela oceânica do mundo, iniciada em 1851. Pois entre os dias 15 e 20 de maio, 15 privilegiados hóspedes do hotel Cipriani, em Veneza, poderão sentir essa emoção de perto.
Dois dos barcos competidores abrirão espaço para iniciantes dispostos a investir 786 euros (R$ 1.887) por pessoa – casais têm desconto – para ver de perto a estrutura e a adrenalina da regata. Os interessados embarcarão nos superveleiros Maxi Farr80 – de 24,5 m de comprimento cada – no píer privado do hotel, em frente ao restaurante Cip’s, e de lá partirão para uma aventura pelos grandes canais. 
Os profissionais a bordo darão uma rápida aula de iatismo aos interessados, tirarão dúvida e, depois, bastará relaxar e sentir a brisa do mar batendo no rosto, enquanto se sorve taças de champanhe e deleita-se com a linda paisagem veneziana.
Reservas antecipadas são obrigatórias.
Informações: IG

O que é melhor: investir em um jatinho ou voar de 1ª classe?


A exemplo da Lufthansa, companhias aéreas oferecem cada vez mais serviços para a primeira classe


Em um jato particular, executivos têm mais privacidade para trabalhar e até fazer reuniões a bordo
Quem tem de subir toda hora em um avião, seja para viagens de negócios ou lazer, mas não abre mão de ter o máximo de conforto, pode ter se perguntado se não seria melhor ter um jato particular ao invés de voar de primeira classe. Mesmo com todas as regalias da First Class, como comida preparada por chefs renomados, poltronas ultrareclináveis e sala de embarque com massagista, o fato é que os passageiros VIP também estão sujeitos aos problemas recorrentes das companhias aéreas comerciais. Desta forma, pode haver atrasos nos voos, malas perdidas e perda de conexões.
Isto pode explicar uma das razões para o crescimento do mercado de jatos no Brasil. De acordo com a Abag (Associação Brasileira de Aviação Geral), a frota brasileira de aeronaves gerais passou de 10.054, em 2000, para para 12.310 unidades, em 2010. Destas, 540 são jatos, o que representa 4% da frota do País.
De acordo com a Embraer, uma das fabricantes nacionais de jatos, esse movimento vem atendendo principalmente à demanda de empresas que buscam no avião executivo uma ferramenta de produtividade, para auxiliar na prospecção e desenvolvimento de negócios dentro e fora do Brasil.
A necessidade de deslocamento por parte desses empresários se faz mais rápida e necessária, especialmente em cidades que não são bem atendidas pela aviação comercial. “A comunidade da aviação executiva consiste de empresas de vários tamanhos que vêem a aeronave como ferramenta de trabalho que as ajudam a serem mais produtivas, mais competitivas, mais eficientes e, consequentemente, bem-sucedidas”, diz Ernest Edwards, presidente da Embraer Aviação Executiva.

Além de percorrer cidades de difícil acesso no Brasil, o jato também pode ser útil para um “bate-volta” no exterior. Desta forma, um executivo pode sair pela manhã, pousar em Nova York, participar de uma reunião, fechar um negócio e retornar ao Brasil no mesmo dia. “O jato executivo deixou de ser luxo para ser uma ferramenta de trabalho”, defende Rodrigo Pesoa, diretor de vendas da Dassault Falcon para a América do Sul.

Pesoa afirma que 90% dos clientes da francesa Dassault Falcon no Brasil usam o jato próprio para realizar negócios. No ano passado, a marca forneceu sete aeronaves no País - que se tornou o terceiro maior mercado em número de vendas da Dassault Falcon no mundo.
Custos complexos
Uma das grandes vantagens de ter um jato próprio é poder trabalhar com privacidade durante o voo. “Os jatos executivos fornecem um ambiente de escritório no ar que é extremamente particular. Você pode dar telefonemas, fazer apresentações, ter reuniões, enviar e receber e-mails, tudo dentro da sua cabine, longe dos olhos de estranhos”, diz Jeff Miller, vice-presidente de Comunicação da Gulfstream, empresa norte-americana fabricante de aeronaves.
Com muitos recursos tecnológicos e flexibilidade para voar a qualquer momento, é claro que os gastos são altos. Além da compra da aeronave – que varia, em média, entre US$ 15,5 milhões e US$ 65 milhões –, os custos operacionais envolvendo tripulação, combustível, manutenção, alimentação, entre outros são de cerca de US$ 4 mil dólares por hora de voo. Já um bilhete de Primeria Classe para a Europa, saindo de São Paulo, sai em torno de US$ 10 mil.
No entanto, segundo Rodrigo Pesoa, o cálculo dos valores operacionais de um jato particular é bem mais complexo. “É preciso pensar o quanto se está ganhando por ter esta flexibilidade. Muitas vezes, é preciso ser rápido para fechar um grande negócio”, defende. Ele garante também que, quanto mais o jato for utilizado, mais a diferença entre voar de primeira classe e de aviãoparticular vai se equiparando.
Para Miller, apesar dos custos elevados, é possível que um jato comercial seja mais econômico que a primeira classe, especialmente se tiver um número maior de pessoas de uma mesma empresa viajando para um local de difícil cobertura das companhias aéreas comerciais. “Se for esse o caso, a viagem não é apenas dispendiosa em termos de dinheiro, mas também em termos de tempo. Deste modo, voar em um jato executivo pode ser mais barato que na primeira classe”, defende o representante da Gulfstream.
Despreocupação na primeira classe
Em contrapartida, viajar de primeira classe pode ser vantajoso para quem não quer ter a preocupação de manter um jato em boas condições de uso e manutenção, ou mesmo para quem não voa com tanta frequência. "Na primeria classe certamente a pessoa será muito mais mimada do que em um jato privado, pois preparamos todo o ambiente e os serviços para que se tenha uma experiência única", afirma Fabrice Pascual, gerente global para o mercado de luxo da Air France.
E para atrair o público que não abre mão do conforto e das mordomias a bordo, as companhias aéreas comerciais têm investido cada vez mais nos serviços de primeira classe. A Lufthansa, por exemplo, dispõe de assistentes pessoais para cada passageiro, carro de luxo - como Porsche Panamera, para levar o cliente até o avião -, refeições gourmet a bordo, closet individual com chave e cortinas que absorvem ruídos, proporcionando maior isolamento acústico durante o voo.

No Boing 777-200, da Air France, os quatro únicos assentos da La Premiere recebem a atenção exclusiva de dois atendentende, menu com assinatura do chef Joël Robuchon, amenities Clarins e drinques criados pelo bartender chef do hotel Plaza Athénée.

De acordo com Pascual, 65% dos passageiros da primeria classe são executivos acostumados a esses e outros luxos também fora dali. Daí a Lufthansa ter ido alé da aeronave e criado um serviço de “Private Jet”, com voos diretos para mais de mil destinos com itinerário flexível, de acordo com a necessidade do cliente. “É um serviço perfeito para quem quer chegar a destinos não servidos pelos voos comerciais e não tem um jato particular à disposição”, afirma Joerg Waber, diretor de Comunicação Corporativa da Lufthansa para a América Latina.

 Informações: IG



Turista de corpo e alma



"Na maior parte das vezes, somos turistas mesmo: estamos com um pé lá e outro cá. Então, estando lá, que nos rendamos ao inesperado, ao sublime, ao belo. Nada adianta levar o corpo pra passear se a alma não sai de casa." Martha Medeiros

domingo, 15 de abril de 2012

Complexo do Alemão terá sua 1ª agência de turismo receptivo

Estudantes de Massachusetts (EUA) estão entre os que já visitaram o Complexo do Alemão

Marcelo Horn / Divulgação
Nos próximos três meses, a estação do Adeus do teleférico do Complexo do Alemão, na zona norte do Rio de Janeiro, ganhará a primeira agência de turismo receptivo. No espaço, será realizada a qualificação dos empreendedores locais para formalizar as atividades turísticas.
Segundo o secretário de Turismo Ronald Ázaro, por meio do turismo será possível integrar os moradores da comunidade – reduto do tráfico de drogas até a ocupação militar ocorrida em 11/2010 – com a população da cidade do Rio de Janeiro, tirando os comerciantes da informalidade e gerando empregos e renda.
— A Secretaria de Turismo, em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-RJ), fez um levantamento sobre as potencialidades turísticas da comunidade, mapeando os atrativos que existem na área. Vamos capacitar moradores e pequenos empresários em cursos de turismo receptivo e oficinas de gestão de negócios e ajudá-los a criar agências de turismo cooperativadas.
Durante a visita ao complexo de comunidades, Ázaro afirmou que estão sendo realizados levantamentos sobre as potencialidades turísticas também das comunidades da Babilônia/Chapéu Mangueira e Cantagalo/Pavão-Pavãozinho. As áreas pacificadas ganharão suas agências de turismo receptivo. 
 
Seis roteiros estão incluídos no pacote do Complexo do Alemão:
 
Alemão e Igreja da Penha – teleférico, pequena caminhada, compras, visita a atrativo cultural e religioso. O tempo estimado de duração do roteiro é de quatro horas.

Alemão Mega – teleférico, pequena caminhada, compras, visita a atrativos culturais e artificiais. A duração do roteiro será de duas horas e 30 minutos.
Alemão Top – teleférico, caminhada, compras e atrações culturais como o Casarão Cultural e a praça do Conhecimento na Nova Brasília. A duração será de três horas.
Alemão Total – teleférico, caminhada, compras, atrações culturais, como a Igreja da Penha ou apresentação dos projetos sociais do Afro Reggae. A vista terá a duração de três horas e 30 minutos.
Alemão e Serra da Misericórdia – teleférico, caminhada e visita a atrativos culturais e ecoturismo. A caminhada será forte em direção à pedra do Sapo, na serra da Misericórdia, seguindo no topo da serra até a pedra da Paz. A visita terá duração de quatro horas
Alemão Clássico – caminhar, teleférico, compras e atração cultural. Com tempo estimado em três horas, os visitantes poderão caminhar da estação Alvorada até a Praça do Conhecimento, além de explanação dos atrativos da cidade do Rio no entorno do complexo.
Informações: R7

sábado, 7 de abril de 2012

Cidade alemã é berço da verdadeira Branca de Neve



O conto de fadas "A Branca de Neve e os Sete Anões", dos Irmãos Grimm, já deu asas à imaginação de várias gerações. Mas fatos sugerem que a heroína das crianças tenha sido mais do que uma simples personagem fictícia.
Milhões de pessoas conhecem o conto de fadas da Branca de Neve, a bela princesa que escapa de sua madrasta invejosa e vai viver na casa de sete anões. Na história escrita pelos alemães irmãos Grimm em 1812, a madrasta má tenta matá-la depois de seu espelho mágico lhe dizer que Branca de Neve é "a mais bela de todas".
Moradores da cidade alemã de Lohr am Main, próxima a Frankfurt, gostam de acreditar que o espelho mágico realmente existe. Na verdade, ele está na cidade, exposto no Museu Spessart. Isso é porque, de acordo com algumas fontes, a menina que inspirou o conto de fadas de fato viveu em Lohr am Main.
Entretanto, a verdadeira Branca de Neve – Maria Sophia Margaretha Catharina von Erthal –, era um pouco diferente da princesa da história. Ela era de origem nobre e nasceu no ano de 1729 no castelo de Lohr, que hoje abriga o Museu Spessart. Ela também tinha uma madrasta dominadora: Claudia Elisabeth Maria von Venningen.
Os passos da princesa
O resto da história também pode ser acompanhado no museu, incluindo a trama de assassinato e a fuga de Branca de Neve pelas montanhas até chegar à casa dos sete anões. Na verdade, os anões eram provavelmente mineiros – pequenos e corcundas, devido às más condições de trabalho nos pequenos túneis das minas – ou crianças que eram usadas como trabalhadores.
Acredita-se que a rota de fuga da Branca de Neve tenha sido de 35 quilômetros por meio da cadeia de montanhas de Spessart, uma das maiores áreas de floresta decídua da Alemanha. Sinais ao longo da rota dão aos visitantes a chance de aprender mais sobre a ligação das florestas com os contos de fadas.
O posto de informações turísticas em Lohr am Main oferece programas especiais de caminhadas. Também fornece informações sobre atrações locais, como a cidade velha, com suas casas em estilo enxaimel, o histórico bairro dos pescadores e a antiga câmara municipal.
É claro que a atração imperdível da cidade é o castelo de Lohr e o Museu Spessart, que abriga uma coleção de espelhos fabricados na região. Uma vez, há muito tempo, é possível que um desses espelhos tenha conversado com a madrasta de Branca de Neve.
Autor: Wim Abbink (ff)
Revisão: Luisa Frey

Informações: http://www.dw.de

quinta-feira, 5 de abril de 2012

O melhor lugar de estar


'Onde é que você gostaria de estar agora, nesse exato momento?

Fico pensando nos lugares paradisíacos onde já estive, e que não me custaria nada reprisar: num determinado restaurante de uma ilha grega, em diversas praias do Brasil e do mundo, na casa de bons amigos, em algum vilarejo europeu, numa estrada bela e vazia, no meio de um show espetacular, numa sala de cinema assistindo à estréia de um filme muito esperado e, principalmente, no meu quarto e na minha cama, que nenhum hotel cinco estrelas consegue superar – a intimidade da gente é irreproduzível.
Posso também listar os lugares onde não gostaria de estar: num leito de hospital, numa fila de banco, numa reunião de condomínio, presa num elevador, em meio a um trânsito congestionado, numa cadeira de dentista.
E então? Somando os prós e os contras, as boas e más opções, onde, afinal, é o melhor lugar do mundo?
Meu palpite: dentro de um abraço.
Que lugar melhor para uma criança, para um idoso, para uma mulher apaixonada, para um adolescente com medo, para um doente, para alguém solitário? Dentro de um abraço é sempre quente, é sempre seguro. Dentro de um abraço não se ouve o tic-tac dos relógios e, se faltar luz, tanto melhor. Tudo o que você pensa e sofre, dentro de um abraço se dissolve.
Que lugar melhor para um recém-nascido, para um recém-chegado, para um recém-demitido, para um recém-contratado? Dentro de um abraço nenhuma situação é incerta, o futuro não amedronta, estacionamos confortavelmente em meio ao paraíso.
O rosto contra o peito de quem te abraça, as batidas do coração dele e as suas, o silêncio que sempre se faz durante esse envolvimento físico: nada há para se reivindicar ou agradecer, dentro de um abraço voz humana nenhuma se faz necessária, está tudo dito.
Que lugar no mundo é melhor para se estar? Na frente de uma lareira com um livro estupendo, em meio a um estádio lotado vendo seu time golear, num almoço em família onde todos estão se divertindo, num final de tarde à beira-mar, deitado num parque olhando para o céu, na cama com a pessoa que você mais ama?
Difícil bater essa última alternativa, mas onde começa o amor senão dentro do primeiro abraço? Alguns o consideram como algo sufocante, querem logo se desvencilhar dele. Até entendo que há momentos em que é preciso estar fora de alcance, livre de qualquer tentáculo. Esse desejo de se manter solto é legítimo. Mas hoje me permita não endossar manifestações de alforria. ...recomendo fazer reserva num local aconchegante e naturalmente aquecido: dentro de um abraço que te baste.' Martha Medeiros