sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

O nosso Lugar








Postei essas fotos no orkut e para minha surpresa muitas pessoas do Ceará que conhecem Canoa Quebrada me perguntaram onde era "esse paraíso".
É o desconhecimento do lugar que moramos. É a mania de valorizarmos sempre a cultura de fora. O outro lugar é sempre mais chamativo do que o nosso lugar. O outro lugar é o "paraíso".
Daí talvez é que surja a ausência do sentimento de pertença. Aquele que nos desperta o cuidar, o enraizamento e o amor.
Daí também talvez seja por isso o descaso, a falta do olhar das pessoas do lugar e que traz consigo a descarecterização, o abandono, e a degradação do lugar e da memória.
A nossa história é que fundamenta e narra a alma de lugar.
Antes de ir para outros lugares é bom descobrir e viver o nosso, aquele lugar que sempre poderemos retornar e que nos preenche e nos identificamos.
Aos que não conhecem sejam bem vindos a: Canoa Quebrada, e é realmente um paraíso!

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Saudade dói!




Existem pessoas assim como perfume, deixam o rastro, marcam, e principalmente harmonizam o ambiente. Octávio, Berg, Livinha e meu afilhadinho querido são assim. Vieram pra Fortaleza e deixaram aquela saudade que entranha na casa, no cheiro do café, nas dunas de Canoa Quebrada, no Baião de Dois do Assis, enfim em tudo por onde passaram. Os caminhos trilhados por eles agora ficam aqui em nossa lembrança e em nosso coração.
Só podemos agora aguardar o próximo encontro, e que seja breve!

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Nossa Francisca

Chica acima de branco, raríiiiiiiiissimo esse momento, ela não gosta de fotos. Abriu exceção para sua querida Lilica ao lado dela de branco também. Lilica é um dos seus amores!

Francisca, Chica, Chiquinha.

Uma pessoa que dedicou a vida inteira a família Curvello. Especialmente minha Vó. Desde quando me entendo por gente que Chica faz parte de nossas vidas. Não sei aqui precisar o tempo. Mas garanto que é muito tempo! Acho que desde a infância de meus tios.

A casa de minha Vó, o Campo Grande 16. O “16”. A casa que é um coração aberto para todos nós. Chica é seu alicerce. A força, a energia e a pujança.

Chica sempre foi Chica. O tempo parece que não passa pra ela, sempre com a mesma fisionomia serena e respeitosa.

Minha boneca Beijoca - aquela boneca da infância - conheceu Chica. Todos que passaram e estão em nossas vidas conheceram Chica.

Ela tem um jeito Chica de ser. Vou parafrasear Roberto Carlos:

“Tenho às vezes vontade de ser
Novamente um menino
Muito embora você sempre acha que eu ainda sou”

Ela conhece a cada um da família, gostos, defeitos e qualidades. Como se todos fossem crianças ela faz as vontades. Sabe da farofa de Fátima, do mingau de Fernando, do iogurte de Lourdes, do bolo de Luís, que André é 5 estrelas. Chica vai de Tio João a Nicole com uma sabedoria impressionante.

Mas, o que mais impressiona é sua aceitação silenciosa, a sua leitura íntima de cada um, a sua total falta de orgulho, esse sentimento tão devastador que nos impede a compreensão.

Por essa ausência do orgulho ela é soberana nos sentimentos. Não fala de ninguém, não emite juízo de valor. É maravilhosa nas sua habilidades emocionais.

Mas quero também falar do talento de Chica na cozinha, apesar de não cozinhar mais. Não conheço frigideira de repolho, bobó de camarão, bife ao molho, arroz, lombo, enfim...não conheço nada melhor do que Chica na cozinha.

É um talento espontâneo que a faz ser assim: Francisca, Chica...nossa Chiquinha, que nunca nessa vida conseguiremos agradecer a ela.

Ela diz que não tem preferidos, mas aqui vou citar só 2: Luís e Fernando.

Quem tem coragem de dizer mais?

Uma coisa eu tenho certeza: não existe outra Chica no mundo. Só ela.

Obrigada Chica por tudo!!

A foto acima é de meus avós, a quem Chica serviu lidamente durante a vida deles.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Jericoacoara dando exemplo!


Iniciou a campanha “Eu amo Jeri, por isso eu cuido”, grupo gestor do turismo local mostra como a gestão participativa e ideias simples podem melhorar a vida de moradores e turistas.

Um paraíso ecológico e que necessita de preservação. Ao mesmo tempo, uma vila pequena, destino de cada vez mais turistas que desejam urbanização e infraestrutura. Nesse contexto, surge a campanha “Eu amo Jeri, por isso eu cuido”. Resultado de reuniões entre o governo estadual e municipal e moradores locais de Jijoca de Jericoacoara, no litoral oeste do Ceará, a campanha estabeleceu diretrizes para o funcionamento do trânsito na vila durante o Reveillon, época em que a região recebe número elevado de turistas e o tráfego de veículos dificulta a circulação das pessoas.
Segundo Mota, a ação foi um sucesso e faz parte de um projeto piloto. “A previsão é que as regras se estendam para todo o ano. Durante o piloto, percebemos que havia falhas, ajustes eram necessários. Agora estamos conversando com a comunidade, com os turistas e governo para fazer as correções. A ideia é continuar com a ação que agradou aos turistas e à população”, ressalta. E, acrescenta, “pessoas de outras praias nos visitaram para entender melhor a ação, pois enfrentaram problemas semelhantes no fim do ano”.
Fonte: Mturismo

Meu afilhadinho



Casa arrumada. Cheirosa. Almoço pronto e bolo de chocolate. Esperando - aqui em Fortaleza, meu afilhadinho e Livinha - sua namorada.
Dia de alegria!!

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Frase do Dia



"Tenho sempre como farol a terra que amo: a Bahia"
Geddel Vieira Lima

Ferry Boat Ivete Sangalo












Travessia Salvador/Ilha ou Ilha/Salvador em 30 minutos.
É uma delícia embarcar nesse Ferry, confortável e rápido! No Ferry Ivete Sangalo, voce encontra salões agradáveis para os passageiros, sendo um deles climatizado - que dá um toque de classe a sua viagem, além de um local amplo para os carros.
Sem contar que o nome do Ferry é em homenagem à Musa da Bahia, Ivete Sangalo, o que dá um charme todo especial.
Em minha viagem contei com a simpatia e gentileza de Leila e do Comandante Alex.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Itaparica e seus Sabores do Mundo e da Noite











Quem for a Bahia merece visitar a Ilha de Itaparica. Itaparica mesmo. Porque na ilha existem vários lugares, como: Mar Grande, Barra do Gil, Gameleira, entre outros. Mas, Itaparica é especial.
Um lugar que o presente vive se comunicando com seu passado. Registrado nos casarios, nas ruas, no mercado, nas igrejas e na Fonte da Bica, que faz "véia virar menina".
É um lugar privilegiado, além de toda a beleza natural tem uma fonte de água mineral. Tudo isso se soma ao charme das pessoas do lugar.
Para mim a ilha se confunde com Elon e Tereza. São uma coisa só: Itaparica, Elon e Tereza. São amigos que moram lá. Alegres, festeiros e sabem receber como ninguém.
Isso tudo, voce leitor, pode comprovar no Café Sabores do Mundo e no Bar Sabores da Noite, que fica na Marina, de propriedade dos dois. Um encanto e encontro saboroso com guloseimas da Bahia e do mundo. Aconchegante e harmonioso.
Nos dois lugares somos recepcionados pelo casal e por Pedro, o filho de Tereza. Pedro é um jovem lindo e descolado que atende as mesas com muita simpatia.
Quando cheguei fui alertada por Elon que o cardápio do Bar era especial; não tinha nem calabresa, nem escondinho, nem batata frita....adorei isso!! Um cardápio que prima pela gastronomia mais apurada, com o preço popular. A cerveja está sempre gelada e drinks especiais. As velas na mesa dão um toque romantico e acolhedor. O requinte do local fica com a simpátia de Elon, Tereza e Pedro.
Um programa que deve estar no roteiro de todos que vão a ilha de Itaparica: o Café Sabores do Mundo e o Bar Sabores da Noite.
E acreditem, o espaço do café e do bar é tão bom que tem o poder de deixar Varela, calminho, calminho... o encotrei lá e nem reconheci.
Aí Tereza disse: Lica voce não está reconhecendo ele? É Varela!!! hahahahahahahahahahahahaha
Adorei e recomendo!


domingo, 17 de janeiro de 2010

Tio João Curvello





"Eu ando pelo mundo
Prestando atenção em cores
Que eu não sei o nome
Cores de Almodóvar
Cores de Frida Kahlo
Cores!"
Existem pessoas assim que andam pelo mundo, pela vida, percebendo tudo, o colorido, o preto e o branco. E conseguem colorir o preto e branco.
Desafio algum leitor que tenha tido alguém próximo - um amigo ou parente - que tenha "morrido gloriosamente ouvindo Gal Costa".
Um momento preto e branco total que foi transformado em ápice. Colorido pela musicalidade de Gal Costa. Para tal transformação precisa ser uma pessoa que saiba conviver com opostos, que consiga ir do abará da esquina do Pelourinho para o melhor salão do Copacabana Palace.
Que saiba distinguir perfeitamente um charme internacional do charme provinciano. Vejam que o charme está presente nas duas situações.
Estou falando do meu tio João Curvello. Ele é essa pessoa. Um cidadão do mundo, mas principalmente da vida. As coisas não passam por ele. Ele sim passa profundamente por todas as coisas.
E Rick, seu amigo, morreu no leito de um hospital nos EUA gloriosamente ouvindo Gal Costa!
Tio João trabalhou a vida inteira no Consulado Americano. Esse fato da sua vida aliado a sua sensibilidade e curiosidade lhe deram o privilégio de viver e conhecer pessoas, lugares e coisas inimagináveis.
Uma das melhores coisas que mais fiz nessa minha última viagem à Salvador, foi a noite sentar-me ao lado de tio João, na varanda da sua casa praia em Jauá - uma das praias mais bonitas da linha verde - para ouvir seus relatos. Gostava tanto de ouvir que sentava-me com caneta e bloquinho na mão.
É um desperdício não registrar fatos deliciosos. E ele consegue narrar de uma maneira que vivemos e podemos visualizar a situação facilmente.
Confesso que está sendo difícil sintetizar tantos fatos, mas vou tentar aqui colocar alguns extraordinários.
Como um de uma criada negra de uma grande amiga sua. A sua patroa lhe vestia com as melhores sedas, com pulseiras e colares de marfim. Sua amiga frequentava as altas rodas, e sempre ia acompanhada da sua criada, a qual apresentava como uma autoridade da Costa do Marfim. E assim a criada era tratada: como uma autoridade.
Outra amiga tomava banho de banheira com 3 vidros do perfume Caleche derramados na água. A primeira vez que ele foi num bordel entre os seus amigos estava Glauber Rocha, e todos assistiram pela primeira vez duas mulheres se amando.
Conheceu viúvas na Bahia que usavam "chorão", um véu preto que cobria o rosto, mas isso não as impediam de serem namoradeiras. Frequentou os melhores bailes de carnavais de Salvador, no Baiano de Tênis e na Associação Atlética.
Tio João ganhou de presente de meu avô a primeira bicicleta de marcha da Bahia, e fez a façanha de subir a ladeira da Barra de uma só vez!
São muitas as histórias de tio João. Mas, ele mesmo se definiu da melhor maneira: "é samba de uma nota só".
É único e inigualável.


sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Lavagem do Bonfim, festa do povo da Bahia, Por Emiliano José



Eu, que me tornei baiano por adoção, cheguei a esta Cidade, à querida cidade de Salvador, pouquíssimos dias antes da Lavagem do Bonfim. O primeiro contato, minha iniciação em Salvador, já foi com a festa.

Terra esta, a Bahia, muito diferente de São Paulo, de onde vinha.

De lá pra cá, de 1970 até hoje, salvo o tempo em que a ditadura me deixou preso, sempre dei um jeito de caminhar com a Lavagem.

Desde o primeiro momento, fiquei intrigado com a idéia de Lavagem.

De onde viria o nome?

E por que Salvador tinha essa mania de a tudo lavar?

Lavagem daqui, lavagem dali, lavagem do beco, lavagem da escada, lavagem de tudo.

Tenho manias de leituras. Paixão por leitura.

Ordep Serra, intelectual de mão cheia, antropólogo, profundamente ligado ao candomblé, escreveu há coisa de 10 anos um livro de pouco menos de 200 páginas denominado Rumores da Festa – o Sagrado e o Profano na Bahia – já em segunda edição, esta do ano passado.

Neste livro, entre tantas festas de largo e carnavais, Ordep trata com atenção da Lavagem do Bonfim.

E é bom que andemos pela história, que compreendamos de onde surgem as nossas festas.

O rito da Lavagem do Bonfim é encabeçado, protagonizado pelas baianas, por mulheres negras, sacerdotisas do candomblé, mães de santo vestidas a caráter, que realizam o que poderíamos chamar de uma procissão, com os vasos de água de cheiro à cabeça.

Essa procissão, como todos sabemos, inicia-se aos pés da Igreja da Conceição, acompanhada por milhares de pessoas do nosso povo, que ao longo do caminho, conversa, canta, bebe.

Da procissão, participam carroças, cavaleiros, caminhões fantasiados. Tudo de alegre acontece nessa festa sagrada e profana. Todos vão seguindo as baianas, não tão organizadamente, como acontece em qualquer grande manifestação popular.

Há um quê fortíssimo de carnaval na festa, inegavelmente. Carnavalizar parece ser uma palavra de ordem das festas baianas.

No final da procissão, as baianas lavam o adro e as escadarias da Igreja do Bonfim. E que nos entendamos: este ato, mesmo que alguns não percebam, é um ato religioso, é um rito dedicado ao Criador, do ponto de vista da religião negra, o candomblé.

E depois a festa segue, dia e noite afora.

É uma festa do povo da Bahia, uma extraordinária criação religiosa e cultural do nosso povo, uma fusão impressionante entre o sagrado e o profano, entre a religião e a festa que, na Bahia é duro de separar, quanto mais na Lavagem do Bonfim.

É interessante o que diz o nosso Ordep Serra: enquanto nas cerimônias da Igreja Católica o povo vai aos templos para purificar-se, na Lavagem do Bonfim o templo é purificado pelo povo, e curiosamente é purificado pelas sacerdotisas do candomblé.

Aqui, nessa Lavagem, poderíamos dizer, juntam-se fiéis de religiões diversas – há católicos e há adeptos do candomblé, por exemplo –, e, como se disse, são as sacerdotisas do candomblé que dão o tom da Lavagem.

Os fiéis católicos, como não têm padres por perto, tomam suas iniciativas, e são capazes de simultaneamente darem vivas a Oxalá ou ao Senhor do Bonfim, que durante muito tempo e até hoje se fundiram no imaginário popular, numa história que não vamos contar aqui por falta de espaço.

Ali, na lavagem do adro e das escadarias da Igreja do Bonfim, os fiéis de todos os rebanhos se acotovelam para receber um banho dos potes de água de cheiro das mães de santo.

Os fiéis saem banhados e limpos, quem sabe purificados para as farras de todo o ano, que não serão poucas. Especialmente para o grande carnaval, que está próximo.

Há quem acredite, erroneamente, que a Lavagem do Bonfim foi criada pelo povo dos terreiros.

Não, não foi.

Lavagem é herança de uma tradição portuguesa.

Em Portugal, era comum católicos fazerem promessas de lavar uma igreja em pagamento de graças solicitadas a um padroeiro, santo ou anjo.

Só que em terras coloniais, em nações dominadas pelo Estado português, muitas dessas lavagens, cada uma a seu modo, se carnavalizaram. E as autoridades religiosas católicas não gostaram disso.

No caso de Salvador, no século XIX, a Lavagem do Bonfim dava-se dentro do próprio templo, e naturalmente transformava-se num carnaval, pequeno carnaval, mas carnaval. E vai daí que logo depois da Abolição da Escravatura – e vamos anotar isso como importante –, em 1889, o arcebispo dom Luís Antonio de Sousa proibiu a Lavagem da Basílica do Bonfim.

O povo revoltou-se contra a proibição, só garantida com a intervenção policial.

Aí, então, há coisa de mais de 120 anos, é que a Lavagem passou a ser realizada no adro e escadarias da Igreja do Bonfim.

Registrei que a proibição se deu em 1889, logo depois da Abolição da Escravatura. Não custa acreditar que a proibição tenha a ver com isso. Aquela Lavagem podia transformar-se em coisa de negro, apenas uma cerimônia negra, talvez intensificada pela liberdade conquistada pelos negros. Mas essa é outra história, que pode ser contada noutra hora.

Acrescente-se que a Lavagem do Bonfim de há muito tempo conta também com a participação de todas as correntes políticas do Estado.

Aqui ou acolá surgem manifestações contrárias a essa participação, como se isso fosse uma deformação da festa.

A Lavagem do Bonfim é uma festa de todos.

Seria uma incoerência completa que os políticos não participassem dela.

É carnaval, é festa, é cerimônia religiosa e é uma espécie de grande assembléia popular de dia inteiro. Assembléia aberta. Sem portões. O único lugar que não se pode entrar é o interior do templo da Sagrada Colina, por determinação da Igreja Católica.

O político que é do candomblé vai, o que é católico vai, o que não acredita em nada vai, todos os baianos são acolhidos por esta assembléia, podendo inclusive ser criticado por ela.

Quem samba fica, quem não samba vai embora.

A Festa do Bonfim é de todos.

E é principalmente uma festa desse extraordinário povo da Bahia.
Fonte: http://www.emilianojose.com.br/index.cfm?event=Site.dspNoticiaDetalhe&noticia_id=256

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Lavagem do Bonfim



Lavagem do Bonfim reúne 1 milhão de pessoas
14/01/2010

A procissão de oito quilômetros que sai da Basílica da Conceição da Praia para a Lavagem do Bonfim, na manhã desta quinta-feira (14) já esta a caminho da Colina Sagrada reunindo, de acordo com a Polícia Militar, mais de 1 milhão de pessoas. O governador Jaques Wagner segue o cortejo acompanhado por secretários de Estado, deputados estaduais e federais. Neste momento, a procissão está nas imediações da Praça da Inglaterra.

A principal festa religiosa da Bahia é realizada desde 1754, conta com mais de 500 baianas que perfumam a procissão com água de cheiro e distribui flores e fitinhas do Senhor do Bonfim para fiéis e turistas. A lavagem une o catolicismo e o Candomblé, com homenagens a Oxalá, deus da paz, amor e harmonia.

De acordo com o secretário de Turismo da Bahia, Domingos Leonelli, a lavagem atrai cada vez mais turistas para a cidade. “Os nossos hotéis estão lotados para a Lavagem do Bonfim. Turistas do Brasil e do exterior vieram conhecer a nossa festa religiosa que mistura povos e crenças”, comenta Leonelli.

Em todo o percurso, a multidão vestida de branco segue reunida para agradecer e pedir novas graças ao Senhor do Bonfim e a Oxalá. Ao chegar na Colina Sagrada, as baianas iniciarão a lavagem das escadarias e do adro da Igreja do Nosso Senhor do Bonfim.

Este ano, uma segunda procissão será realizada junto com o cortejo principal. Os fiéis sairão da Igreja da Nossa Senhora Mãe de Deus, com destino à Igreja do Bonfim. Antes da missa campal, que acontecerá às 18h, o cortejo alternativo dará três voltas no templo, em referência aos três nós que os fiés dão na fitinha do Senhor do Bonfim ao fazer seus pedidos.

Segurança

A grande festa religiosa conta com 2.300 policiais militares, que garantem a segurança em todo o percurso do cortejo. Entre as unidades da Polícia Militar que atuarão no evento estão o Batalhão de Apoio Operacional, o Batalhão de Polícia de Choque, o Batalhão de Guardas, a Rondas Especiais (Rondesp), as Companhias Independentes, Companhia de Polícia de Proteção Ambiental e esquadrões de Polícia Montada e Motociclistas Águia.

A lavagem também conta com a atuação do Comando de Operações Bombeiros Militares da PM, com 96 bombeiros, distribuídos em patrulhas de socorrismo apoiadas por guarnições do Salvar, equipes de busca e salvamento em situações de sinistros e calamidades, atendimento pré-hospitalar, prevenção e combate a incêndios.

Dentre as atuações da PM durante o evento, destacam-se as abordagens preventivas, ações contra o porte ilegal de armas e tráfico de drogas, principalmente nas barreiras que regulam o acesso de veículos e pedestres ao circuito.

História

Conforme o historiador Manoel Passos, a maioria das manifestações populares no estado, tem origem portuguesa, a Lavagem do Bonfim não é diferente. Há registros de que as homenagens tenham iniciado em 1754, quando a imagem do Senhor Crucificado – trazida em 1745 pelo Capitão do Mar e Guerra da Marinha Portuguesa, Teodósio Rodrigues – foi transferida da Igreja da Penha, em Itapagipe, para a sua própria Igreja, na Colina Sagrada.

A lavagem, no entanto, data de mais de um século, iniciada pelos negros africanos e pelas senhoras dos mesários, juntamente com moradores da região, em louvor ao Senhor do Bonfim, à Nossa Senhora da Guia e a São Gonçalo. “A particularidade da festa do Senhor do Bonfim é a sua ligação evidente com o Candomblé, pela figura de Oxalá. Muitos historiadores destacaram na festa a força da música negra, dos atabaques. A Colina Sagrada tornou-se algo emblemático lá fora”, diz Passos.

A mistura de povos, de credos e culturas e o caráter insólito da festa também renderam proibições e conflitos ao longo dos anos. Em 1889, o então arcebispo da Bahia, Dom Luis Antônio dos Santos, vetou a lavagem do interior da Basílica. A intervenção da Guarda Cívica gerou apreensão de vassouras, violas e cavaquinhos e a festa só voltou a ser realizada dez anos depois. Em 1940, novamente a Arquidiocese tentou proibir a lavagem, embora, desta vez, sem sucesso. Desde então, a festa nunca mais deixou de ser realizada.
Fonte: Mturismo

Minhas Férias por Oscar Filho

Minhas férias

Decidi passar as férias no nordeste. Como eu fechei um pacote, o horário escolhido para a viagem foi às 00h40.
Saio de casa por volta de uma hora e meia antes do voo pra poder dar tempo.
São por volta de 23h10, quando um cara me para na rua:

- Cara, que legal! Você é do CQC?
- Sim, sou eu.
- Então me passa a carteira.

Bacana começar a viagem de férias sendo roubado. Mil reais em dinheiro e minha carteira de motorista. Mas o intrigante é a pergunta seguida da ordem: "Você é do CQC, então me passa a carteira". Isso abre um precedente. Pessoas que trabalham no CQC tem que dar suas carteiras.

Chego no aeroporto de Guarulhos 50 minutos antes.

Pausa para explicação: Nunca ando com meu RG, só com minha carteira de motorista. Pra se fazer o check-in, eu preciso de um documento com foto, portanto...
Dando a minha viagem por perdida, me falam que eu posso fazer o BO na Polícia do aeroporto para tentar embarcar.
Entro na delegacia o delegado e os outros policiais TODOS:

- Pequeno Pônei!!!

Situação peculiar entrar numa delegacia e encontrar homens da lei às 00h05 me chamando entusiasmadamente o meu apelidinho.
Um dos policiais liga pra filha dele e pede pra eu falar com ela. Respondo as perguntas do roubo e sobre o CQC ao mesmo tempo.
Terminado o BO, consigo embarcar sem problemas. 3 hora de viagem.
Chego às 4 da matina em Natal e fico sabendo que o city tour é às 11h30. Com um pouco de sofrimento, decido não ir no city tour porque eu quero dormir até tarde pra dar uma desestressada do dia anterior.
Vou tomar banho. Demoro cerca de, sem exagero, 40 minutos pra acertar o ponto da temperatura do aquecedor do chuveiro. Só consigo mesmo ir dormir às 6h por causa de um inferno de um chuveiro.
Na alta estação, os hotéis tem vários serviços para distrair seus hóspedes, um deles é o recreador.
Esta pessoa me pega o microfone às 9 da manhã e começa a gritar:

- Quem tá feliz? Quem tá sentindo o verão? Quem quer fazer uma hidro animada?

Ele se esquece de perguntar quem quer continuar dormindo. Se perguntasse eu responderia da minha cama e ele ouviria mesmo estando lá na piscina.
Calypso, De Ja Vu, Calcinha Preta e outras pérolas deste cancioneiro brasileiro atual estouram meus tímpanos, mesmo eu socando o travesseiro na orelha.
Por livre e espontânea vontade acabo levantando e eu vejo este recreador que, se juntasse a Joelma, a Claudia e a Ivete, não ia dar o calcanhar deste cara. Show man total. Canta, dança, faz contorcionismo e malabarismo. Só não faz pirofagia porque o sol já tá bem quente.
Meu contador me liga dizendo que eu preciso fazer um depósito pra alguns impostos que eu esqueci de pagar. Vou até a agência mais próxima porque o valor excede o meu limite pra fazer pela internet.

No caixa, o rapaz me diz:

- Documento, por favor.
- Sem documento é impossível fazer?
- Próximo!

Vou até o atendimento de clientes, explico a situação e digo que esqueci o BO no hotel. O gerente não quer me deixar fazer o TED porque não tenho como provar que eu sou eu...
Eu digo:

- Não é pra me gabar nem nada, mas se é por uma questão de eu não ter um documento com foto, eu faço um programa de tv chamado CQC. Se digitar meu nome na internet, vão aparecer várias fotos minhas aí.
- É, mas você pode ser uma pessoa muito parecida com ele. Temos que nos assegurar. É como no caso da Capitu e do Bentinho no Dom Casmurro. Tudo levava a crer, mas não dava pra saber.
Uma hora e meia depois consego provar que eu não sou nem o Bentinho nem a Capitu.
Ainda não acabou a viagem. Isso me faz pensar que as coisas podem piorar. Eu ainda posso pegar uma insolação, desidratação ou um dos cinco malabares do recreador cair na minha cabeça. Ou todos!
Fonte: http://blogoscarfilho.zip.net/

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Cerimonial Leda Curvello


Estive na Bahia. Vi e vivi coisas lindas. Primeiramente quero falar do Cerimonial Leda Curvello. Tia Leda como a chamamos carinhosamente. Tia Leda e Zequinha, meu tio, não posso falar no cerimonial sem falar dele. Dr. Curvello.Um homem que parecia que sabia que ia nos deixar cedo. Aproveitou a vida como ninguém, e amou a família igualmente. Principalmente seu garnde amor: Tia Leda. Gostava da boa mesa, das coisas boas da vida. E para ele tudo isso só tinha sentido se estivesse rodeado dos amigos e da família. Assim Tia Leda viveu a vida toda fazendo todas as vontades do seu marido, meu tio Zequinha. Muitas dessas vontades se materializavam nas grandes festas que davam.

E hoje Tia Leda tem o seu Cerimonial. Evento que dizer acontecimento, e todo evento que o Cerimonial Leda Curvello prepara é um acontecimento. Nenhum é igual ao outro, ela formata com carinho de acordo com cada cliente. Só uma coisa é igual: a qualidade. Tudo acontece na mais perfeita ordem e harmonia. Feliz de quem contratar o Cerimonial Leda Curvello, sinônimo de elegância e sofisticação. Igual a dona. Tenho certeza que meu tio Zequinha onde estiver está curtindo cada detalhe dos eventos de Tia Leda. Afinal ele foi nosso grande professor, de toda nossa família. Porque uma coisa que os Curvello’s amam é uma boa festa! Aprendemos com ele e estamos nos aperfeiçoando com ela: Tia Leda.