domingo, 10 de maio de 2009

A influência de Napoleão na Gastronomia - O Rei que cozinhou para o Imperador








Uma das coisas boas da vida é cozinhar. Adoro. Aprendi a gostar de cozinhar, de receber, de estar entre amigos com minha mãe, Maria Laura, onde um simples café da manhã para ela virava um evento.
O prazer proporcionado pela boa mesa é outra herança de minha mãe.
Da cozinha até a mesa é preciso um ritual, o cuidado e o amor são ingredientes indispensáveis no preparo dos alimentos até hora de servir. Ao servir é quando acontece à acolhida, a união. A comida une as pessoas. A mesa é o lugar que mais as famílias se encontram.
Eu adoro cozinha e adoro Napoleão! Sabe porque?
Foi Napoleão que descobriu que podia conquistar as pessoas pela boca! E assim se deu a valorização da gastronomia.
Napoleão sempre manifestou atos inovadores, irreverentes e de coragem, em 1804 na coroação tomou das mãos do Papa Pio VII a coroa e ele mesmo se corou, em 1808 extinguiu a inquisição.
O Imperador tinha uma visão à frente de seu tempo. Ao descobrir que poderia conquistar as pessoas pela boa mesa, oferecia homéricos almoços e jantares. Sabia como ninguém agradar a nobreza. Exigia pratos esteticamente bonitos, destacou e valorizou a importância dos temperos, das misturas, através dele veio a mistura do doce com o salgado, gostava muito de um frango frito no azeite doce.
Legumes e verduras vinagrados, que hoje encontramos em compotas, a criação foi incentivada por Napoleão, quando ofereceu um prêmio para quem soubesse a técnica de armazenar alimentos, com o intuito de saber quanto tempo os alimentos duravam para poder ter uma base para alimentar seu exército.
O cozinheiro que até hgoje exerce a maior influência na gastronomia, Antonin Carême, cozinhou para o imperador. Era ele o responsável pelos banquetes.
Carême criou o merengue, as massas folhadas, suflê, molho bechamel, molho de tomate, praticamente toda a base da gastronomia, através dele foi introduzido os uniformes nas cozinhas e as entradas como consumes e sopas antes dos pratos principais. E assim ele é conhecido até hoje como o Rei da Gastronomia.
Então o Rei cozinhou para o Imperador!
O Rei da Gastronomia não recebia seu pagamento em dinheiro - se recusava - seu salário era anual, recebia um diamante azul esbranquiçado de 24 quilates.
Entre as características do imperador está o gosto por vinhos, o dono da Moet & Chandon, Jean Rémy Moet, construiu duas casas na cidade Épernay, localizada na região de Champanhe para abrigar Napoleão e sua comitiva.
O imperador foi um homem que sabia valorizar as coisas boas da vida. É dele uma das melhores frases sobre o vinho: "Sem vinho, sem soldados. Nas vitórias é merecido, nas derrotas é necessário."
Muito obrigada imperador, a gastronomia não seria a mesma sem as suas contribuições.

Eliane

Um comentário:

Anônimo disse...

Interessantíssimo , meus Parabens . @Bravabebidas