segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Cinco das mais charmosas e encantadoras cafeterias da Europa



Descoberto no mundo árabe por volta de 1510, o café, em menos de um século, já havia se disseminado pela Europa. A frutinha exótica e estimulante, inicialmente utilizada para afastar o sono, se tornou uma alternativa ao álcool para intelectuais e homens de negócios. Porém, ainda mais revolucionária que a própria bebida foi a maneira original com que passou a ser consumida: em café públicos. 


Datada de 1652, a primeira cafeteria foi aberta em Londres por Pasqua Rosse, criado armênio de um comerciante inglês, que havia adquirido o gosto pela bebida em uma viagem pelo Oriente Médio. O sucesso foi tanto que pouco mais de 10 anos depois, o número de cafés na cidade inglesa tinha chegado a 83, segundo Tom Standage, autor do livro “História do Mundo em 6 Copos”.


Antes restrito aos homens, esses lugares eram verdadeiros pontos de encontro de altos comerciantes, banqueiros, políticos e intelectuais, que discutiam assuntos importantes relacionados à política, à arte e à economia em torno de suas xícaras fumegantes. Vale lembrar que foram nos cafés parisienses que se arquitetou grande parte da Revolução Francesa. 

De lá pra cá, o hábito de tomar café incorporou-se em muitas culturas e as cafeterias tornaram-se comuns pelo mundo. Porém, ainda existem aquelas que são verdadeiros refúgios românticos, recheadas de charme e história. Selecionamos as cinco mais famosas cafeterias do mundo para você viajar com uma xícara nas mãos.


1 - Café New York - Hungria
Passagem obrigatória em Budapeste, o café New York recebeu esse nome em homenagem ao hotel em que se encontra, o New York Palace, que hoje pertence ao grupo internacional Boscolo. 

A cafeteria, que durante o século 20 era um lugar sagrado para a elite cultural da cidade, impressiona por seu exuberante pé-direito e pelo contraste entre o antigo e o novo. Os detalhes em dourado, os candelabros, as lâmpadas exuberantes e as pinturas no teto caracterizam elementos da decoração de séculos passados, enquanto as linhas retas do mobiliário denunciam a contemporaneidade do lugar.

Conhecido por sempre ter boa música, o café era conhecido pela eficiência de sua brigada, cujos garçons costumavam conhecer intimamente os desejos e hábitos dos clientes. Hoje, são os turistas os maiores frequentadores.


2 - Café Florian - Itália
Em Veneza (Itália), mais precisamente na Piazza San Marco, se encontra um dos refúgios mais românticos e charmosos do mundo, o Caffè Florian. Por ali já passaram nomes como Goethe, Rousseau, Chateaubriand, Stendha, Marcel Proust e Stravinsky. 


Decorado com sofás de veludo vermelho com detalhes em dourado e verde, e afrescos exóticos que remetem à Arábia e à China, o café é ponto de encontro de diversas nacionalidades sem perder a tradição local. 
Além do café, que por mais de 290 anos guarda a mesma qualidade, o Florian oferece guloseimas, chocolates com especiarias, sorvetes de frutas e doce de amêndoas.
3 - Café Central - Áustria
Tradicional café austríaco com 130 anos de história, o Café Central, em Viena, foi inaugurado em 1876 e na virada do século 20 era um popular ponto de encontro de artistas, escritores, políticos e cientistas, como Arthur Schnitzler, Sigmund Freud e Leo Trotzki. 

Inicialmente com o nome de “Chess School” (escola de xadrez), devido ao grande número de jogadores que o frequentavam, o café foi fechado no final da Segunda Guerra Mundial. Apenas em 1975 foi reformado, recebeu o nome atual e mudou de localização, indo para outra parte do edifício. 

Localizado no histórico palácio Fersel, o Café Central chama atenção por seus pilares de mármore, seu teto arqueado, além de sua agradável música ao vivo durante as tardes e, claro, de seu café. 
Logo na entrada, uma escultura do escritor Peter Altenberg sentado na mesa em que costumava escrever, quando vivo, recebe os turistas.
4 - Café Imperial - Checoslováquia
Após a Segunda Guerra Mundial, muitos cafés da cidade de Praga foram extintos. Porém, dos que sobreviveram e foram restaurados, um merece destaque especial: o Café Imperial. 
Localizado na zona central da cidade checa, o café pertence ao cinco estrelas Praga Art Deco Imperial Hotel, datado de 1914. O chef do lugar é o aclamado Zdenek Pohlreich. 

Lugar para chás, almoços, brunchs ou festas privadas, o café imperial possui cardápio que mistura pratos da cozinha checa, sucessos internacionais e algumas criações assinadas por Pohlreich. Doces e pastéis caseiros também merecem destaque. 

As cadeiras de mogno brilhante trabalhado, com assentos forrados de couro amarelo pálido, o mosaico de azulejos ornamentados e as torneiras do banheiro fundidas em forma de cisne denunciam o estilo Art Deco do ambiente.
5 - Café La Paix - frança
Seu tradicional cappuccino já foi apreciado por grandes personalidades como o escritor Oscar Wilde, o pintor Henry Toulouse-Lautrec e a contora Yvette Guilbert. Datado de 1862, o Cafè de La Paix, em Paris, foi construído no térreo do luxuoso edifício Haussmann que, atualmente, abriga o Hotel InterContinental. Na decoração clássica, detalhes em durado e ornamentações quase rococó.

Entre o ano de 1976 e o início do século 21, as grandes personalidades já não frequentavam mais o café. Hoje, após sua restauração, em 2002, as celebridades, os políticos e os artistas do mundo inteiro, voltaram ao tradiconal e charmoso café, conhecido como um “lugar para ser”.
Informações: IG

Nenhum comentário: