sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Quando o "acarajé" virou uma questão de Estado na Bahia

Estilo ACM, único! Fato que aconteceu:
Num almoço na casa da Ilha de Itaparica, no dia 30 de dezembro de 97, no qual se discutia o futuro político de Luis Eduardo (se seria melhor concorrer ao governo do Estado ou a um mandato de senador para atingir o objetivo de chegar à Presidência da República em 2002), ACM foi surpreendido pela observação de um dos seus convidados sobre a queda na qualidade do tabuleiro mais famoso de Salvador. “Presidente, disseram-me que estão botando farinha de trigo no acarajé da Dinha!”, exclamou um dos correligionários. “Já estou sabendo”, respondeu ACM, com tom grave e solene. “Mandei Imbassahy chamar a Dinha para saber o que está acontecendo”. O prefeito imediatamente tomou suas providências e, numa conversa com Dinha no seu gabinete, ameaçou intervir no Rio Vermelho se ela não resolvesse o problema. A causa da crise foi uma cunhada da quituteira, que a estava substituindo na produção do acarajé temporariamente. “É a mulher do meu irmão, mas ela não vai mais botar as mãos aqui”, explicou a baiana, que agora só é substituída na barraca pelas suas duas filhas. Como na Bahia as tradições da culinária são levadas à sério, a crise do acarajé da Dinha foi tratada como uma questão de Estado, um assunto tão sério quanto a escolha do candidato a governador do grupo carlista.

Obs: Dinha faleceu dia 16/04/08 em Salvador.

Um comentário:

José María Souza Costa disse...

Hum...vc abre o seu post com um acarajá.Isso é para atentar os estomagos. Provocação. Eliane, adorei o seu blog. Muito interessante. Mas, estou te convidando a visitar o meu, e se possivel seguirmos juntos por eles. Estarei muito grato te esperando lá
www.josemariacostaescreveu.blogspot.com