Ele explica que o aluguel do espaço custa R$ 300 para seis horas de evento. Mas, caso o cliente opte pelos serviços de DJ, iluminação, mesas, cadeiras e churrasqueiras, o preço sobe para R$ 750. Para fugir do calor de 40 graus, Thiago disponibiliza mangueiras e chuveirinhos para refrescar os convidados.
“A festa aqui tem a cara mesmo de laje, com pagode, funk, muita comida e clima família. Os nossos eventos geralmente vão até as 2h para não incomodar os moradores. Já fizemos eventos para artistas, como a Martinália, e também para turistas estrangeiros”, comenta Thiago.
“Se tiver muito quente, é só abrir a laje para a galera pegar sol. Mas, depois se o tempo mudar, ventar ou chover, não tem problema, é só fechar o teto”, demonstra o rapaz.
A dona do espaço é a simpática aposentada Azelina Viana dos Santos, de 77 anos. A laje fica no quarto andar de sua casa e virou ponto turístico. Há dois anos, ela realiza em sua laje um réveillon para turistas e convidados com preços a R$ 250. A proprietária conta que a ideia da festa da virada surgiu do professor da Fundação Getúlio Vargas, Daniel Plá.
“A minha filha trabalhava numa ONG aqui na comunidade e, durante uma reunião, ela conheceu o Daniel, que ficou encantado com a vista daqui. Desde então, ele em parceria com agências de turismo junta um grupo, a maioria de gringos, para a festa”.
Azelina já até aprendeu a dizer Feliz Ano Novo em inglês. Com o inconfundível “Happy New Year”, ela recebe até 30 estrangeiros na noite de 31 de dezembro. O cardápio da ceia mistura salgadinhos, champanhe, cerveja, frutas e sobremesas. Com o verão, a laje virou um atrativo e ela pensa em novos eventos no local.
“Teve um ano que nós fizemos um ensaio de carnaval com a escola de samba Alegria da Zona Sul e estamos pensando em outras festas para o verão. Se a proposta for boa, alugo a minha laje para o povo”, diz a aposentada.
Café da manhã para hóspedes na laje
No Chapéu Mangeira, no Leme, uma das melhores vistas para a praia é da laje de Valdinei Medina, proprietário de um hostel na favela. Ele aproveita o espaço de 72 metros quadrados para servir o café da manhã aos hóspedes e para aulas de samba e pagode a turistas.
Valdinei explica que sua laje tem churrasqueira, chuveiros para driblar o calor, e banheiros. Ele conta que, até o carnaval, a agenda de eventos na laje está lotada.
“Aqui costumo fazer os eventos para um grupo fechado, se as pessoas quiserem posso fazer serviço de Buffet, churrasco, caipirinha, tudo ao gosto do cliente”, revela o empresário.
Fonte: http://g1.globo.com
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