terça-feira, 20 de julho de 2010

3 anos sem ACM



"Três anos após a morte do senador Antonio Carlos Magalhães, a família do político baiano lançará a pedra fundamental de um antigo sonho ao assinar o estatuto do Instituto Antonio Carlos Magalhães de Ação, Cidadania e Memória (IACM), espaço que está sendo erguido para homenagear o baiano.

Voltado para a formação de gestores públicos e privados, o IACM será inaugurado em 4 de setembro, data em que ACM completaria 83 anos. O instituto será sem fins lucrativos e não terá vinculação política. Abrigará um museu com fotografias, vídeos, áudios de discursos e objetos pessoais do senador, cedidos por sua família, e terá também uma biblioteca com 4 mil livros de seu acervo pessoal.

“O objetivo é que o instituto seja um espaço apartidário, onde todos tenham acesso a informações sobre ACM”, explica Renata de Magalhães Correia, neta e uma das idealizadoras do projeto. Segundo ela, sua a vó, dona Arlette Magalhães (viúva do político), foi a grande motivadora do instituto, junto como senador Antonio Carlos Júnior e o deputado ACM Neto.

Dona Arlette será a presidente de honra do IACM, que será localizado no Pelourinho, bairro que foi revitalizado por ele em 1990. “O desenvolvimento cultural do estado também é um de nossos focos”, conta Renata. Por meio de parcerias com a iniciativa privada, estão sendo programados cursos e palestras para estudantes do ensino médio e superior.

Artistas da cena baiana, como Durval Lélys, Bel Marques e Ivete Sangalo, também estão envolvidos no projeto. Com mandato de cinco anos, eles fazem parte do Conselho Consultivo, que será o órgão que atuar na assessoria do instituto. Ricardo Chaves, Daniela Mercury, Gal Costa e Margareth Menezes são outros integrantes do conselho, que também conta com nomes ligados à política e à educação.

O poder da atração (Jairo Costa Júnior)
Polêmico, conhecido pelo temperamento forte e intransigente quando o assunto era a política, sobretudo em defesa da Bahia, Antonio Carlos de Peixoto Magalhães, ou simplesmente ACM, tinha algo que só é comum aos homens de intenso carisma: a capacidade de funcionar como um ímã, de atrair a atenção de personalidades das mais diversas esferas, da religião ao esporte, do teatro à música, mesmo que elas não comungassem com suas posições ideológicas.

Tal capacidade fazia de ACM uma referência para artistas, atletas, líderes religiosos e políticos de várias partes do mundo. Até sua morte, em 20 de julho de 2007, recebia com frequência, na Bahia ou em Brasília, figuras acostumadas aos holofotes, seja para ouvir uma reivindicação, seja apenas para receber o apoio durante as disputas eleitorais ou em momentos de crise.

A lista de celebridades é grande, mas uma amostra do seu poder de atração pode ser vista abaixo: Paulo Gracindo, Fernanda Montenegro, o papa João Paulo II, Mãe Menininha do Gantois, Maria Bethânia, Caetano Veloso, Dorival Caimmy, Zico, Bell Marques, o 007 Roger Moore, Jorge Amado, Gonzagão, Irmâ Dulce, Carlinhos Brown, Gal Costa, Dona Canô e Baby Consuelo formam apenas uma pequena parcela das centenas de figuras que dialogaram com o baiano nas suas mais de cinco décadas dedicadas à vida pública."

Fonte e Fotos: Joernal Correio da Bahia http://migre.me/YBkD

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