sábado, 3 de março de 2012

Miami na década de 20

Esquina da rua Flagler com a avenida 20, em Miami, ainda hoje existe o luminoso da Firestone, de 1929

Vista de Surf Side, em 1930. Hoje, com o recuo do mar, mais espaço para a vegetação e os banhistas
Construída em 1912 em Biscayne Bay, a mansão de 70 quartos em estilo italiano hoje abriga o museu Viscaya



Antiga região de mangue, a Lincoln Road sempre foi centro social de Miami Beach, caráter reforçado em 1960

A fonte da ilha de Normandia, em Biscayne Bay, marcou as obras que povoaram a região, a partir de 1922

Reprodução do livro Miami: Then and Now, Thunder Bay Press


A avenida Washighton, uma das principais de Miami, ainda hoje conserva diversos edifícios das déc de 20 e 30
Associar as palavras mangue, pântano, crocodilo e deserto a Miami parece impossível para quem conhece a região hoje. Uma das cidades que mais recebe turistas nos Estados Unidos, Miami está relacionada no inconsciente coletivo mundial a animadas festas à beira mar, lindos jardins tropicais e coloridos prédios em estilo art deco. Mas esses dois cenários estão intimamente ligados à história do sul da Flórida.
Até o início do século passado, toda a área onde hoje está instalada a cidade de Miami era, na verdade, um gigantesco pântano, com crocodilos andando às soltas em terrenos completamente desabitados pelo homem. Decidida a transformar o destino do local, a viúva Julia Tuttle convenceu o milionário e co-fundador da Standart Oil, Henry Flagler, a investir na região, já prevendo um futuro destino turístico de veraneio. A estrada de ferro foi estendida até o sul do Estado, as ruas foram assentadas e delimitadas e um hotel de luxo foi instalado, dando início, assim, a uma nova cidade com lindos prédios para agradar aos visitantes.Mas o desenvolvimento do balneário acabou sofrendo durante com a crise financeira de 1929,o que obrigou muitos dos edifícios a ganharem os traços simples e geométricos do art deco, ao invés do caro rebuscamento do renascimento italiano, que se pretendia copiar. 


Durante a Segunda Guerra Mundial (1939 a 1945) as praias de Miami Beach se tornaram um ponto estratégico para o treinamento das tropas da Marinha Americana e a cidade floresceu com a presença das tropas e oficiais. O fim da guerra e a saída dos militares trouxeram certa decadência e abandono à região, que só voltou a ter novo sopro na década de 60, com a revolução cubana. Foi nessa época que a cidade foi invadida por centenas de refugiados, que dariam o ar latino presente até hoje em praticamente todas as ruas e bares locais.

 Informações: Juliana Bianchi, iG São Paulo Portal IG

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