O turista deixará a Tailândia com seu corpo menos decorado a partir da entrada em vigor de uma norma do governo que prevê proibir tatuar o estrangeiro com desenhos religiosos budistas.
O motivo alegado é o uso "irrespeitoso" que se faz dos símbolos. A medida preocupa os tatuadores em Bancoc e outros lugares do país.
Um dos defensores da medida é o ministro tailandês de Cultura, que expressou nesta semana sua oposição a que turistas estrangeiros usem imagens de Buda ou ainda do deus com forma de elefante Ganesha.
A cada ano, milhares de estrangeiros aproveitam sua visita à Tailândia para tatuar algum desenho no corpo, principalmente a imagem de Buda.
Segundo as autoridades, muitas vezes o local da tatuagem é em zonas do corpo consideradas "impuras", o que constituiria uma ofensa aos fiéis.
A sociedade budista julga como "suja" a parte do corpo que vai desde a cintura até os pés, de modo que representações religiosas nos quadris, glúteos ou membros inferiores não seriam adequadas.
No entanto, defende-se um tatuador: "Nós respeitamos o budismo e, se um estragneiro quer uma tatuagem budista na panturrilha [batata da perna], explicamos porque não podemos fazer isso, e sempre costumam entender".
É o que diz Plat, dono de um pequeno posto de tatuagens e piercings do bairro de Khao San, importante ponto de turismo jovem na capital.
A demanda por este tipo de lembrança cresceu de forma abrupta em 2004, quando a atriz norte-americana Angelina Jolie se tatuou no país de um grande tigre e um símbolo de proteção budista nas costas.
Informações: Folha SP
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