Em março/2007, o governo da Bahia cortou o repasse mensal de R$68 mil para a Fundação Casa de Jorge Amado, localizada no Pelourinho. A entidade preserva cerca de 250 mil documentos do autor de "Mar morto", "Capitães da Areia", "Gabriela" e "A morte e a morte de Quincas Berro D'Água". O ar condicionado foi desligado e o acervo está ameaçado.
João Ubaldo: O governador Jaques Wagner disse que ia mandar o secretário da Cultura (Márcio Meireles) me ligar pra dar explicações. Mas eu não quero explicação. Não há explicação para isso! Não há explicação porra nenhuma! Agora, eu tô mobilizado. Não vou sossegar. Podia até dizer que eles terão que passar por cima do meu cadáver, mas a verdade é que eles não vão me estripar.
Os acadêmicos da ABL estão mobilizados para conversar com o governo da Bahia, para suspender o corte orçamentário. "A Bahia não pode passar uma vergonha dessa!", protesta João Ubaldo, que segue disposto a provocar uma reação dos baianos.
Os acadêmicos da ABL estão mobilizados para conversar com o governo da Bahia, para suspender o corte orçamentário. "A Bahia não pode passar uma vergonha dessa!", protesta João Ubaldo, que segue disposto a provocar uma reação dos baianos.
Vergonha na cara dos baianos" Na Bahia, Jorge Amado, o jornalista Odorico Tavares, o compositor Dorival Caymmi, o etnólogo francês Pierre Verger e o pintor Carybé pertencem a uma geração que valorizou a cultura negra e lutou pela defesa dos terreiros de candomblé. O povo de santo, ainda hoje, presta homenagens aos "fundadores" da baianidade.
- Não digo que, sem Jorge Amado e Caymmi, a Bahia não existiria. Existiria, sim. Agora, podia ser uma merda de cidade portuária, sem reconhecimento internacional - avalia João Ubaldo.
- Não digo que, sem Jorge Amado e Caymmi, a Bahia não existiria. Existiria, sim. Agora, podia ser uma merda de cidade portuária, sem reconhecimento internacional - avalia João Ubaldo.
Continua: É uma vergonha, uma indignidade para a Bahia. Jorge Amado quis que seu acervo ficasse em Salvador, no Pelourinho. Recebeu uma proposta da Universidade de Harvard, mas não quis! Jorge queria ver seu acervo junto ao povo que ele amava. Ele defendeu a Bahia até a morte, não pode ser desrespeitado. Para o Brasil, Jorge Amado é um símbolo. É um ícone, um Pelé. É lido em 52 países! O povo baiano precisa tomar vergonha na cara. Não vou bancar o porreta, mas eu já tomei vergonha.
Fonte: Terra Magazine
Fonte: Terra Magazine
Não precisa comentar absolutamente nada depois das palavras de João Ubaldo. Ahhhhhhhhhhhhhhhh se todos tivessem essa consciência e sensibilidade, nosso País seria mais rico culturalmente.
Aplausos para João Ubaldo.
Eliane
2 comentários:
Como um bom baiano...
Assino em baixo do que João Ubaldo falou a respeito de Jorge Amado...
Temos que preservar e proteger quem sempre lutou pela baianidade...
Dááá-lhe João Ubaldo...
Lica
Adorei ler artigos muito bons, profundos e verdadoadeiros.
As informacoes turisticas sao da melhor qualidade e as dicas de livros maravilhosas.
Destaco os comentarios de Joao Ubaldo sobre a Casa de Jorge Amado, uma vergonha para nossa Bahia.
Forte abraco
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