quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Opções de vinho para a ceia de Natal


Harmonizar os pratos clássicos de Natal e Ano Novo com os vinhos certos significa aumentar o prazer à mesa. Nada deve ser muito rigoroso nessa época de alegria e confraternização, mas o roteiro abaixo pode servir como inspiração para quem tem dúvidas no momento de pensar o que servir com o foie gras, o peru, os frutos do mar ou as carnes.
São vinhos sobretudo de regiões notórias por sua tradição e muitos foram indicados por sua proximidade com os ingredientes originais das receitas. Com o número crescente de boas marcas no mercado brasileiro, ficou mais fácil o acesso a esses vinhos e as chamadas denominações de origem controlada, de onde procedem, deixaram de ser um mistério. É sobretudo através delas e das uvas utilizadas que as dicas foram consideradas.
E, no momento da compra, o dilema da escolha sempre leva à velha conclusão: diante de produtos da mesma região ou similares, o maior critério de qualidade costuma ser o preço. Costuma.

ENTRADAS

Caviar: champanhe brut, vinho branco francês Pouilly-Fumé.
Foie gras: champanhe rosé ou grand millésime, Gewurztraminer Vendanges Tardives, vinhos doces naturais Barsac ou Sauternes e ainda o Tokay húngaro.
Presunto cru de Parma ou San Daniele: brancos secos, como um bom Pinot Grigio italiano ou champanhe rosé safrado.
Pâtés e terrines: vinhos tintos mais encorpados, como os franceses Madiran ou Chinon, um português Vinhas Velhas do Douro, um espanhol de Ribera del Duero ou um Cabernet Sauvignon premium do Chile.
Salmão defumado: champanhe, Riesling grand cru da Alsácia ou Riesling Qualitätswein mit Prädikat da Alemanha.
FRUTOS DO MAR, PEIXES E CRUSTÁCEOS
Coquilles Saint-Jacques: branco seco como Chablis ou um Sauvignon Blanc da Nova Zelândia.
Camarões: a maior parte dos brancos secos de boa estrutura, como o Chardonnay da Borgonha ou da Califórnia. E no calor brasileiro, um rosé de caráter.
Lagostins: um branco ou um rosé delicados, ambos da Provence francesa.
Lagosta: vinhos brancos aromáticos, como Châteauneuf-du-Pape; um excelente Albariño espanhol ou Alvarinho português e ainda, para atingir a perfeição, os grandes champanhes safrados.
Ostras e mexilhões: um espumante de alta qualidade, como um Franciacorta italiano, uma cava espanhola ou um brasileiro elaborado pelo método tradicional.
Bacalhau: brancos de forte estrutura, como os do Alentejo e do Douro, ou tintos de respeito da Bairrada.
Peixes grelhados: vinhos brancos secos (Riesling alemão ou alsaciano, Sauvignon Blanc do Loire ou os bons portugueses com as uvas Arinto e Antão Vaz).
Peixes ao molho ou com creme: pedem vinhos brancos encorpados, com Chardonnay ou Viognier. E para quebrar regras, um tinto mais ligeiro, com Pinot Noir.
Salmão grelhado: vinhos brancos de grande estrutura, como Montrachet e Condrieu, da França, ou os espanhóis com a uva Godello, de Valdeorras.
AVES
Peru: branco, como o francês Sancerre; tintos, como o Barolo italiano, ou os melhores com a uva Zinfandel da Califórnia.
Pato assado: tintos fortes e equilibrados, como os graúdos do Douro, Portugal; Hermitage ou Pauillac, da França.
Confit de pato: tintos encorpados, como os franceses Madiran, Cahors e Saint-Émilion. Afinal, são vinhos de regiões próximas a essa iguaria típica do Périgord.
Magret de pato: tintos não muito tânicos, como o Mercurey, da Borgonha; com a uva portuguesa Touriga Nacional ou com um Carmenère de primeira classe do Chile. Como opção, um rosé da denominação francesa Bandol.
CARNES
Costeletas e carré de cordeiro: vinhos tintos não muito fortes por seus taninos, como um Malbec premium da Argentina.
Gigot de cordeiro: essa carne nobre pede os grandes tintos de Bordeaux, sobretudo do Médoc; os melhores da Rioja, Ribera del Duero e Priorat, da Espanha; um Shiraz de exceção da Austrália; um Brunello di Montalcino de ótima safra e bom produtor ou um supertoscano.
Vitelo: vinhos tintos amáveis, como Pinot Noir ou mesmo um cru do Beaujolais, e vinhos brancos densos e aromáticos, como o Vouvray francês.
Carnes vermelhas de cozimento ao vinho: vinhos do Sul da França, como Gigondas, Côte-Rôtie ou Bandol. E bons tintos em geral com Cabernet Sauvignon e Merlot.
SOBREMESAS
A maioria delas recebe bem a companhia de vinhos doces naturais: Sauternes, Montbazillac e vinhos vendanges tardives da França; os moscatos em geral (o italiano de Pantelleria, por exemplo); os moscatéis de Setúbal, Portugal, os champanhes e bons espumantes demi-secs. Quanto ao chocolate, no geral, vai bem com um vinho do Porto vintage ou com o Banyuls francês.
Informações: Portal IG

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