O Reality Show “A Fazenda”, revelou muito mais da vida real do que poderia se imaginar. Ali cada um assumiu seu papel no jogo. Jogo sim. Todos jogadores, não adianta apontar aquele que jogou mais. Todos jogaram.
Afinal era um jogo. Será que um jogo da seleção brasileira, os jogadores vão dizer assim: Cacá está jogando! Ora, ora, ora... nada mais obvio, não é um jogo?
Então essa conversinha de que um jogou e outro não é conversa fiada. Todos jogaram.
A diferença é que foi revelado a verdadeira identidade de cada um. E nenhum deles contaram com isso. Todos foram programados.
E encontramos várias performance nas suas programações: o sofredor, o louco, as sensuais, os politicamente corretos – que diziam sem parar que ali não era lugar para eles.
Bem, descobriram que havia um mais forte, que não entrava na sintonia deles, aí começaram a mandar pra roça, para eliminá-lo.
Como o ritmo reality não é determinado pelos participantes e sim pelos telespectadores, o escolhido para Cristo, ia e voltava. E assim foi se fortalecendo, e os outros perdendo a cabeça.
Chegou ao ápice total, ao apelo. O sofredor foi abandonado pela família. Mesmo hoje sendo um profissional de respeitado por mérito próprio, e apesar de todos os riscos de um abandono, não se envolveu com drogas. Mas, para minha surpresa, isso não foi utilizado em seu favor, e sim a lado triste da história. Contou com ajuda massiva dos colegas e da emissora de TV. Sua vida ali foi exposta na tentativa de fazê-lo o milionário.
Em vão! Quem ganhou foi aquele que estava sendo ele, desprogramado, estava tão livre de conceitos e de regras que disseram que estava representando. Mas ele seguia sendo ele.
Isso é a vida real na sua essência. Existem aqueles que estão programados para puxar o tapete, que tramam, que mentem, que se aproximam por interesse. Mas sempre acabam na ilusão.
A verdade sempre aparece, e a maior lição: que a maior incapacidade do ser humano é de julgar.
Todo mundo sem exceção tem defeitos e virtudes.
Como pesquisadora descobri que existe a “heurística da representatividade” que é avaliarmos a probabilidade de uma pessoa pertencer a um certo grupo social, julgando quão similar são suas características àquelas do “membro típico” do grupo.
E assim julgaram Dado Dolabella de bad-boy, e graças a “heurística da representatividade" ele saiu milionário!
segunda-feira, 24 de agosto de 2009
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