Não concordo quando a atividade turística é chamada de “indústria sem chaminés”.
A poluição do turismo não se dá através de chaminés, ela é silenciosa atinge a alma das pessoas e dos lugares. Desde quando a maioria dos lugares que é desenvolvida a atividade o lucro é que determina a formação da ocupação dos espaços.
Isso quer dizer que as formas de como as pessoas lidam com o seu lugar, com o ambiente em que nasceram de repente percebem-se estranhos, passam a conviver com o novo, com outras culturas e outras formas de vida, a ocupação se dá para fins econômicos com instalações de hotéis e resorts, sobretudo no litoral.
O turismo chega de maneira intensiva, apropia-se da paisagem e da natureza tudo que é possível é transformado em atrativo turístico e em mercadoria, desrespeitando atividades tradicionais como a pesca, agricultura e artesanato.
É um desenvolvimento - quando só visto pelo aspecto econômico - com o tempo empobrece a localidade, lhe tira o que há de melhor: sua identidade..
Cito um exemplo: em um resort litorâneo os donos de barracas de praia da redondeza não podem vender camarão aos hóspedes do resort, caso vendam o resort não permite que seus hóspedes frequentem as barracas, desviam, com preços infinitamente mais baratos, o camarão só pode ser consumido dentro do resort, e não são comprados nas mãos dos pescadores locais, compram de empresas que vendem o camarão já filetado e selecionado.
É um distanciamento das tradições, o espaço agora é habitado pelo capital e pelo lucro. Uma mudança de hábitos.
Inicialmente chegam com o mesmo discurso: a geração de emprego e renda. É uma falácia, os postos de trabalho estratégicos ficam geralmente com pessoas de fora do lugar, os moradores precisam se moldar a nova configuração vigente.
Na maioria das vezes uma desconstrução.
Não estou contra o turismo, nem sendo pessimista e sim realista. É nesse contexto que a maioria dos lugares que desenvolvem a atividade se encontra.
É preciso ouvir os moradores e a comunidade quando a atividade se apropria do lugar. É imperativo a união do poder público, privado, moradores e comunidades, para que aja uma articulação que beneficie a todos.
Pergunto: onde acontece essa articulação?
Geralmente em comunidade que desenvolvem o Turismo Comunitário, onde a comunidade consegue intervir no processo da turistificação. Assim consegue garantir o direito a terra.
O contrário quando o lado mercadológico do turismo é evidenciado acontece à desapropriação de comunidades litorâneas e degradação do meio ambiente.
A diferença do turismo convencional para o comunitário é que determina os caminhos e descaminhos da atividade.
O turismo convencional exerce um forte impacto aonde chega, acaba levando o destino turístico à exuastação. Acontece a desumanização das relações, todas as atividades são programadas e controladas com horário de saída e de chegada, o olhar do turista é guiado apenas pelo lucro.
É preciso alternativas, criar espaço dentro do turismo para uma relação harmoniosa com o lugar que a atividade explora.
Cito um exemplo: em um resort litorâneo os donos de barracas de praia da redondeza não podem vender camarão aos hóspedes do resort, caso vendam o resort não permite que seus hóspedes frequentem as barracas, desviam, com preços infinitamente mais baratos, o camarão só pode ser consumido dentro do resort, e não são comprados nas mãos dos pescadores locais, compram de empresas que vendem o camarão já filetado e selecionado.
É um distanciamento das tradições, o espaço agora é habitado pelo capital e pelo lucro. Uma mudança de hábitos.
Inicialmente chegam com o mesmo discurso: a geração de emprego e renda. É uma falácia, os postos de trabalho estratégicos ficam geralmente com pessoas de fora do lugar, os moradores precisam se moldar a nova configuração vigente.
Na maioria das vezes uma desconstrução.
Não estou contra o turismo, nem sendo pessimista e sim realista. É nesse contexto que a maioria dos lugares que desenvolvem a atividade se encontra.
É preciso ouvir os moradores e a comunidade quando a atividade se apropria do lugar. É imperativo a união do poder público, privado, moradores e comunidades, para que aja uma articulação que beneficie a todos.
Pergunto: onde acontece essa articulação?
Geralmente em comunidade que desenvolvem o Turismo Comunitário, onde a comunidade consegue intervir no processo da turistificação. Assim consegue garantir o direito a terra.
O contrário quando o lado mercadológico do turismo é evidenciado acontece à desapropriação de comunidades litorâneas e degradação do meio ambiente.
A diferença do turismo convencional para o comunitário é que determina os caminhos e descaminhos da atividade.
O turismo convencional exerce um forte impacto aonde chega, acaba levando o destino turístico à exuastação. Acontece a desumanização das relações, todas as atividades são programadas e controladas com horário de saída e de chegada, o olhar do turista é guiado apenas pelo lucro.
É preciso alternativas, criar espaço dentro do turismo para uma relação harmoniosa com o lugar que a atividade explora.
O caminho do Turismo é a convivência respeitosa com as pessoas e o lugar que ele é desnvolvido.
Eliane
3 comentários:
Dois grandes exemplos são: Itacaré e Canoa Quebrada, os emprrendimentos são na maioria de gente de fora a comunidade fica com migalhas. Preços exorbitantes.
Falta controle do poder público que conivente com isso.
E o meio ambiente? Extraem e acabam com tudo, depois largam lá.
Esse turismo das grandes operadoras é um lixo e quando vão embora só deixam lixo!
Perpetua
Postar um comentário