quarta-feira, 6 de abril de 2011

Os Passos de Anchieta: em cada passo uma nova descoberta

Padre Anchieta por Portinari

Primeiro roteiro cristão das Américas, Os Passos de Anchieta resgatam o caminho percorrido pelo primeiro mestre do Brasil nos seus últimos anos de vida. Ao revivê-lo você se depara com as paisagens que inspiravam um gigante da fé e se encontra consigo mesmo nas reflexões que a jornada lhe oferece, descobrindo outro caminho, o do coração.

Os Passos de Anchieta é o nome do roteiro que reconstitui a trilha habitualmente percorrida pelo Padre Anchieta nos seus deslocamentos da Vila de Rerigtiba , atual cidade de Anchieta, á Vila de Nossa Senhora da Vitória onde cuidava do Colégio de São Tiago, em caminhadas quinzenais que ele empreendia nos últimos anos de sua vida quando preferiu recolher-se à vila indígena nas costas do Espírito Santo que tanto lhe evocava a sua San Cristoban de Laguna, em Tenerife, nas Ilhas Canárias, onde nasceu.

A força da personalidade que seguramente foi um dos maiores nomes do Brasil no primeiro século deste país e o interesse em conhecer um de seus cenários prediletos tem atraído um público especial de várias partes do país, nos últimos anos. Seguramente a rota dos Passos de Anchieta é uma das primeiras das Américas e a primeira do Brasil. Em sua extensão original poderia ser considerada das maiores do mundo visto que se estenderia de São Paulo de Piratininga ao Recife, terreno percorrido pelos eméritos andarilhos que eram os soldados da Companhia de Jesus.

Mais que se inserir na história nacional até o século XVIII quando foram expulsos do Brasil pela Coroa Portuguesa que os tinha como desagregadores da colônia que Portugal entendia ter o direito à pilhagem. eles fizeram a história do Brasil até essa época. Não haveria uma história do Brasil nos seus três primeiros séculos sem a presença desses arautos da contra--reforma que sacudia a Europa desde o século XVI.

Ao longo dessa extensa faixa litorânea que alcança grande parte da costa brasileira semearam ensino, divulgaram o que julgavam ser os fundamentos de uma civilização e fundaram vilas que evoluíram de toscos aldeamentos como Rerigtiba, Guarapari, N. S. Conceição da Serra, Reis Magos e São Mateus, para citarmos especificamente a costa do Espírito Santo.

De toda essa extensão, o roteiro Os Passos de Anchieta resgata o trecho de 100 quilômetros compreendidos entre Anchieta e Vitória que José de Anchieta percorria regularmente duas vezes por mês, o denominado "caminho das 14 léguas"que o jesuíta vencia na companhia - freqüentemente na dianteira - dos guerreiros temiminós que o acompanhavam na missão de cuidar do Colégio de São Tiago, erguido num platô da Vila da Nossa Senhora de Vitória, hoje transformado no Palácio do Governo, na cidade de Vitória.

A reconstituição do trajeto dentro de considerável exatidão histórica valeu-se do conhecimento de que os jesuítas se notabilizavam como andarilhos que cobriam longas distâncias pelas praias, valendo-se principalmente das marés vazantes, quando a areia solada oferecia menor dificuldade para caminhar.

O roteiro Os Passos de Anchieta é cumprido em jornadas diárias médias de quatro a cinco horas pelas pessoas que tem o hábito de caminhar regularmente ou por períodos de seis a 7 horas pelos andarilhos mais sedentários que sem o exercício regular se dispõe a fazê-lo.

A experiência da caminhada combina encantos como o conhecimento de sítios históricos, com paisagens que se oferecem ao andarilho numa seqüência de belos quadros da natureza de uma região que é um marco geográfico da costa brasileira, onde as culturas do norte e do sul do país se encontram.

O roteiro foi resgatado em 1998 e vem se consolidando como uma rota perene, a ser percorrida ou conhecida a qualquer época do ano, por qualquer trecho do percurso. Os idealizadores do projeto conceberam uma caminhada anual para efeito de promoção da iniciativa cujo número de participantes é crescente a cada edição. Ela é realizada sempre a partir do feriado de Corpus Christi, beneficiando-se do feriado nacional que favorece a disponibilidade das pessoas visto que o percurso total demanda quatro dias. Nada impede que as pessoas se disponham a fazê-lo em outra época do ano e num ritmo de caminhada que estiver mais disposto.

A caminhada anual, promovida pela ONG ABAPA - Associação Brasileira dos Amigos dos Passos de Anchieta revela-se uma produção de certa complexidade que demanda um aparato que mobiliza o concurso de vários agentes e colaboradores, notadamente do setor público, como a Polícia Militar do Espírito Santo, o Corpo de Bombeiros, um eficaz suporte de atendimento médico, o auxilio de prefeituras e uma logística de atendimento a uma população flutuante que ultrapassa a três mil pessoas.

O que se sobressai acima da gratificação cultural ou do fervor religioso ou da fruição de cenários atraentes é uma singular experiência de introspecção que na prática constitui a alma de todos os caminhos místicos. A reflexão inevitável que uma longa caminhada proporciona enseja insights marcantes. Não por acaso a caminhada é uma adequada metáfora do viver. O recolhimento do andarilho em seus pensamentos alterna-se com a convivência com outros que ali se irmanam no propósito, no mínimo, de chegar a um mesmo destino. É o que basta para criar tácitas redes de solidariedade. Aí os cenários internos, o da emoção de revisitar sentimentos e lembranças, se alternam com os cenários externos, as percepções do ambiente, o recorte formoso de uma pequena enseada, a trilha por entre uma vegetação remanescente da outrora exuberante Mata Atlântica.

Além do perfil diversificado do andarilho, juntando pessoas que gostam de desfrutar a natureza ou que cultivam práticas físicas ou então se deixam levar pelo apelo da religiosidade, a cada ano Os Passos de Anchieta atrai aqueles que buscam o caminho também por orientação de terapeutas que prescrevem uma boa caminhada como um oportuno exercício de auto-conhecimento.

Independentemente do motivo que o provoca, o caminhar já é um exercício poderoso. No começo de uma caminhada o corpo enfrenta um breve desconforto pelo rompimento da inércia. Logo ele estará liberando hormônios como endorfinas, betaendorfinas e serotoninas que são considerados os elixires da felicidade. Elevam o ânimo e ao entusiasmo ("Deus dentro de si") e aí, mais que a contemplação da natureza, a maior gratificação da caminhada. Ou do caminho.

Percorrer os Passos de Anchieta sozinho, em solitude (estando bem consigo) ou na companhia de alguém é uma rica e marcante experiência. Isso ajuda a explicar porque depois do surgimento desta rota, em 1998, começou a proliferar em várias partes do país muitas trilhas, caminhos e rotas fundados pelas mesmas motivações.

Começa a Caminhada de 4 dias

Durante a caminhada coletiva oficial, o percurso é realizado em quatro dias, divididos nos seguintes trechos:

1º dia: entre Vitória e Barra do Jucu, em Vila Velha, são percorridos em média 25 km.
2º dia: entre Barra do Jucu até Setiba, em Guarapari, perfaz 28 km.
3º dia: entre Setiba e Meaípe, são percorridos 24 quilômetros ainda em Guarapari.
4º dia: entre Meaípe até Anchieta, na Igreja Matriz do município finalmente os 23 km finais abrangem.

A Abapa monta pontos de apoio, chamados "oásis", aos andarilhos em intervalos constantes para fornecer água, frutas e medicação para as câimbras, bolhas e torções que inevitavelmente acabam surgindo nos menos preparados. Na ocorrência de algum caso mais grave, há ambulâncias prontas para remoção de acidentados. E aqueles que acabam desistindo no meio do caminho, também podem pegar uma carona nos carros de apoio da organização.

Também nos postos, as credenciais devem ser carimbadas para que no fim do percurso o andarilho receba o certificado de participação. É preciso ter pelo menos metade dos 16 carimbos, para comprovar que o trajeto foi cumprido.

Todo o percurso é marcado fortemente por aspectos ecológicos, históricos, religiosos e culturais. Talvez seja essa a receita que consegue atrair tanta gente, dos mais diversos lugares do país, em tão pouco tempo de implantação do projeto.

1º Dia

Como Vitória é uma ilha, para chegar a Vila Velha o trajeto é feito em ônibus fretado até o Convento da Penha, marco da colonização do Estado.

Seguindo sempre pelo litoral, a rota continua pelas praias urbanas de Vila Velha: Praia da Costa, Itapoã e Itaparica, com suas dezenas de quiosques contrastando com os modernos edifícios da orla, chegando a Barra do Jucu, conhecida como paraíso do surf e das bandas de congo. Aqui vale a pena uma pausa para degustar uma moqueca capixaba e ouvir os tocadores de congo, ao som ritmado dos tambores e das casacas.

2º Dia

Enquanto o primeiro dia se passa quase todo em área urbana, no segundo trecho as praias são praticamente desertas. Saindo da Barra do Jucu, os andarilhos passam pela praia de Ponta da Fruta, que possui uma grande lagoa de água doce, para logo depois entrar na área de restinga, protegida pelo Parque Estadual Paulo César Vinhas. As próximas praias são um convite à reflexão interior e contemplação da natureza.

Apesar desse trecho ser considerado um dos mais bonitos, ele é também o mais cansativo, pois praticamente todo o percurso é feito na areia. A segunda parada para pernoite é feita em Setiba. A região é conhecida como point para praticantes de surf e canoagem em onda. Pois a praia de Setibão além de ser quase deserta, possui ondas fortes e bem desenhadas. Daí o local, assim como a Barra, ser reduto de surfistas.

3º Dia

Mas apesar de todos os percalços do caminho, o andarilho certamente se sentirá recompensado no terceiro dia ao passar pela região conhecida por Aldeia e pelas Três Praias, em Guarapari, onde a natureza mostra suas enseadas caprichosamente desenhadas e emolduradas com pedras e ondas mansas e preguiçosas.

Guarapari, uma das cidades fundadas pelo Beato, é conhecida nacionalmente devido às suas praias de areias monazíticas, que possuem efeitos benéficos à saúde. Durante o verão, sua população chega a aumentar cinco vezes de tamanho, com turistas vindos principalmente de Minas Gerais e do planalto central, atraídos não apenas pelas poderes curativos das areias radioativas, mas também pela beleza das praias e agitação noturna.

Meaípe é o terceiro ponto de parada do roteiro. Essa charmosa enseada já foi classificada pelo Guia 4 rodas e pela mídia especializada em turismo como uma das praias mais bonitas do país. No verão a tranqüila enseada se transforma em um dos points mais badalados do litoral capixaba. Lá estão as mais agitadas boates do Estado.

São poucos os que se arriscam a uma esticada até as famosas boates da cidade. A ordem é guardar forças para encarar a última etapa da caminhada, sem contar que o aquecimento coletivo começa às seis e trinta da matina.

4º Dia

A última etapa, de 23 km, é um resumo de todos os anteriores, pois alterna trechos onde se caminha em praias desertas, rodovias e estradas de terra. Em uma dessas estradas os andarilhos são saudados com pétalas de flores e palmas.

Na beira das praias são encontrados poços naturais de água potável que, dizem, terem sido abertos pelo Padre Anchieta, ainda durante suas caminhadas para saciar a sua sede e a dos índios que constantemente o acompanhavam.

Ubu, uma pequena vila à beira de uma extensa praia de águas mansas, recebeu este nome quando Anchieta ali passou pela última vez. Carregado por uma multidão de cerca de três mil índios, seus esquife tombou, o que fez os índios exclamarem "Aba Ubu" – O padre caiu.

Hoje, no local onde se diz ter ocorrido tal fato existe uma cruz, onde os andarilhos, ao passarem, viram-se de costas e atiram conchas, cada uma simbolizando um pedido que gostaria que fosse atendido pelo padre. Uma alusão às pedras que são atiradas por cima do ombro, no caminho de Santiago.

O último oásis do caminho fica na praia de Castelhanos, onde muitos esperam pelos que ficaram para trás, para poderem percorrer os últimos quilômetros e subirem as escadarias do santuário juntos.

O grande prêmio da caminhada é a visão da escadaria que leva ao santuário de Anchieta, uma construção jesuítica de 1597, erguida pelo beato em seu último ano de vida com a ajuda dos índios tupis. Nessa hora, os participantes compartilham não só a refeição de boas vindas, mas também toda uma história de solidariedade, superação de obstáculos físicos, companheirismo e satisfação.

Perguntas frequentes:

Qual a infra-estrutura existente?

Durante a caminhada anual oficial que a Abapa realiza, sempre coincidindo com o feriado de Corpus Cristi, a entidade provê toda uma estrutura de apoio aos andarilhos que inclui banheiros químicos nos locais de chegada/saída, serviço que também é oferecido pelos estabelecimentos encontrados na rota , inclusive o comércio praiano. Nesse período a entidade disponibiliza total assistência médica, com UTI móvel e um aparato de acompanhamento que permite apoiar o andarilho em qualquer trecho do caminho e providenciar a sua remoção em caso de necessidade.

Para percorrer a rota fora do evento pode ser conveniente, não essencial, contratar um guia. O percurso é todo sinalizado com marca típica que se repete a cada um quilômetro, com indicativo da direção onde seguir. Há que se atentar para a questão da segurança principalmente nas partes do percurso que recortam a zona urbana e periferias.


Existem pousadas no trajeto? Quais são as acomodações, preços de diárias, para quantas pessoas

Hotéis, pousadas e restaurantes são encontrado nos pontos de pernoite, exceto Setiba, ponto de chegada e pernoite do segundo dia de caminhada. Nos pernoite de Barra do Jucu pode se hospedar nas pousadas que existem no local ou ficar em hotéis da orla de Vila Velha ou Vitória, com tempos médios de deslocamento por carro de 30 minutos. Veja em “Hospedagem” os estabelecimentos que a Abapa recomenda.

É importante providenciar translado da hospedagem para os pontos de chegada/partida da caminhada. Esse serviço pode ser contratado junto às próprias pousadas e meios de hospedagem ou junto às empresa especializadas também indicadas na seção “Hospedagem”. Ou, alternativamente, contratar táxis com preços máximos de R$ 50,00 por deslocamento entre o hotel e o ponto de chegada/partida da caminhada. Sempre é conveniente negociar, indagando primeiramente o preço ao motorista e depois regateando.

No pernoite de Setiba, há que se deslocar para Guarapari, Ponta da Fruta ou Jucu, localizações mais práticas porque mais próximas. São deslocamentos máximos de 40 minutos. Opcionalmente pode-se hospedar em Vila Velha – Vitória com deslocamentos de 50 m (Vila Velha) e 60 minutos, Vitória, considerando-se trânsito fluente.

No pernoite do terceiro dia existem as opções do andarilho dormir na própria localidade, Meaípe, aparelhada com restaurantes, pousadas e hotéis com diárias que variam de R$35,00 a R$60,00 As pousadas oferecem condições satisfatórias, variando claro segundo o preço. As mais baratas, na faixa de R$ 35,00 a R$ 40,00 oferecem quartos simples, com ventilador de teto ou ar condicionado e , opcionalmente, frigobar, enquanto as melhores estruturadas dispõem de piscina, garagem e restaurantes próprios.

Opções de hospedagem em Meaípe veja na seção “Hospedagem”

A hospedagem do quarto dia pode tanto ser na cidade de Anchieta, onde se encontra a Matriz que é o ponto de chegada dos Passos de Anchieta, quanto em hotéis e pousadas ao longo do percurso, em Meaípe, Guarapari, Ponta da Fruta, Barra do Jucu, Vila Velha ou Vitória. O deslocamento de Anchieta a Vitória, por carro, é de aproximadamente 80 a 90 minutos, Para Meaípe é 15 minutos, Guarapari 25/30 e Vila Velha 60/70 m.

Se optar por permanecer na cidade que o Padre Anchieta escolheu para viver os últimos 10 anos de vida, por evocar-lhe a San Cristóbal de Laguna, em Tenerife, às as ruínas jesuíticas no Rio Benevente ou conhecer as praias próximas de Ubu, Parati, Castelhano e Iriri. Para isso necessitará de carro próprio ou recorrer a um dos. táxis da cidade que cobrarão em média R$ 20,00 por uma corrida da cidade até Ubu e o mesmo preço para levá-lo até Iriri, ao sul de Anchieta.

Se não dispuser de transporte pode pegar o ônibus que sai de 60 em 60 minutos do centro da cidade chegando em Vitória com 01h40.

Há restaurantes com comidas rápidas e típicos e preços que caibam no bolso de aposentados?

Come-se bem nos Passos de Anchieta . A estrela da culinária capixaba é o peixe, mais precisamente a muqueca, que os da terra querem como insuperável, pelo sabor e leveza .. Tanto que se julgam detentores do nome do prato que fazem questão de distinguir de peixada. Peixada quem faz são os outros. Capixaba faz muqueca. E muitos outros pratos a base de peixes e frutos do mar, como arroz de polvo, muqueca de lagosta, mexilhões, camarões. Mas a diversidade étnica do povo capixaba também aflora nos cardápios, havendo bons restaurantes de massas e carnes que atendem satisfatoriamente glutões e gourmets. Veja na seção “hospedagem”.

Os preços variam de R$ 40,00 a R# 70,00 a muqueca habitualmente servida para duas pessoas, e R$ 15 a R$ 25,00 o prato individual nos restaurantes de bom nível com prazos médios de espera de 30 a 40 minutos. A gorjeta é usual, destacada da nota, de 10%

Os restaurantes de comida rápida são a quilo, com preços que variam de R$ 7,00 a R$ 10,00. São encontrados nos pontos de chegada/saída onde alguns restaurantes fazem pratos especiais para os andarilhos. Veja na seção “hospedagem”.

Como é a trilha, acidentada, com asfalto, calçamento, areia, passa por matas, etc.?

No primeiro dia cumpre-se o percurso entre a Catedral de Vitória e a localidade da Barra do Jucu. O trecho , urbano, é de calçamento (em sua maior parte calçadão à beira do mar) até as proximidades da Barra quando percorre uma extensão de três quilômetros de terra por entre vegetação de restinga até chegar à Vila.

No segundo dia o trecho acompanha a orla, pelo terra , fora da praia e passa por terreno urbano com calçamento nas proximidades da Ponta da Fruta. Daí segue pela praia, margeando pelo chão até chegar à Reserva Ambiental Paulo Vinha, onde o terreno é arenoso. São cerca de 14 quilômetros percorridos em trilhas arenosa da reserva ou pela praia. Em tempo de maré cheia o trecho fica mais pesado na praia. Em rasante o chão fica socado favorecendo o andar. O trecho do segundo dia se conclui com percurso calçado a partir da Praia de Setiba, já chegando no destino do dia

No terceiro dia, o percurso segue margeando a praia por ruas próximas até chegar à vila de Perocão onde transpõe um morro, com ruas de terra, atravessa uma pequena mata e segue por trilhas de chão até a Praia do Morro, onde encontra o calçamento e o asfalto. Pode-se andar pela praia, com solo batido, ou pelo calçamento que margeia a praia até chegar em Guarapari. Atravessa a cidade e ruma para Meaípe, fazendo um percurso de 2 km margeando o asfalto , com breves trechos de terra até chegar em Meaípe.

No quarto dia , o trecho inclui um pedaço inicial de chão e depois margeia via asfáltica até chegar em Ubu, onde o andarilho passa a caminhar por estradas de chão ladeando a praia. Nessa etapa o terreno alterna trechos de calçamento e chão até a entrada da cidade onde volta a aparecer o calçamento

Todo o trecho é considerado fácil e de baixa exigência. Exceto na travessia da Reserva Paulo Vinnha, cerca de cinco quilômetros onde é arenoso e exige mais resistência do andarilho, e no parte entre Perocão e Praia do Morro, cerca de 200 metros quando contorna um condomínio residencial contorna passando por pedras ou, alternativamente, por uma rua que o contorna.

O percurso acompanha o desenho da orla marítimo – e isso garante o rigor histórico de sua reconstituição, margeando a praia ou enveredando pelas s ruas que lhe são mais próximas. Exceto em Perocão e Guarapari, onde o caminho cumpre o traçado urbano mais próximo do mar.


A dificuldade é do mesmo tamanho da facilidade.

Informações: http://www.abapa.org.br/

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