A Prainha do Canto Verde, é uma praia do Ceará, que ao longo do tempo fortaleceu a comunidade na luta pela garantia do direito à terra, e foi uma luta árdua. Lá existe o Turismo Comunitário, onde o Turismo Convencional não entra.
A comunidade conseguiu o direito à terra, que só pode ser passada para as novas gerações, não pode ser vendida. A batalha judicial durou 17 anos. Portanto não existe especulação imobiliária, tudo é preservado. O meio ambiente, cultura, patrimônio material e imaterial.
Pois bem, fui chamada por minha amiga, Marilene Banhos, para dar uma capacitação na Associação da Prainha, para os pescadores que recebem hospedes em pousadas e residências.
Existe um abismo de diferença do Turismo Convencional para o Comunitário, mas quando se trata de atendimento ao turista essas diferenças desaparecem, todos querem ser bem tratados, e assim foi repassado para eles:
Que o local deve ser limpo, agradável, confortável;
Que as pessoas que trabalhassem no local tivessem sempre boa vontade em atender aos hóspedes;
Saber da história local;
Simpatia;
Presteza;
Estar sempre disposto para atender às solicitações;
Entre outras orientações.
Aí, João, com uma naturalidade e ingenuidade, peculiar das pessoas do lugar, -que faz a Prainha ser especial e única - da Pousa Sol e Mar (recomendo, muito boa), disse:
João - Professora, existem coisas que não podemos atender aos turistas, por mais boa vontade que a gente tenha... tem hóspedes que reclamam do barulho do mar e do galo cantando....e aí o que a gente faz?
Obs: Estão me perguntando se isso é brincadeira. É verdade!
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